[caption id="attachment_307510" align="aligncenter" width="350" caption="Fortuna estava distribuída em malas e caixas"]

[fotografo]PF[/fotografo][/caption]Depois de quase um dia de contagem por meio de máquinas, a Polícia Federal chegou ao
valor total apreendido em malas e caixas atribuídas ao ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB). Ao todo foram contabilizados R$ 51 milhões - R$ 42.643,5 e outros US$ 2.688. Essa é a maior apreensão em dinheiro vivo na história do país.
A localização do "
bunker" foi feita após investigações da Operação Cui Bono, que resultaram na Operação Tesouro Perdido, determinada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. Em julho, a PF recebeu por meio de um telefonema anônimo a informação de que o ex-ministro escondia "provas ilícitas" em caixas de documentos em um imóvel no bairro da Graça, em Salvador. O apartamento pertence a Silvio Silveira, amigo do ex-ministro.
<< "Ninguém aguenta mais tanto roubo", disse Geddel em ato contra corrupção
<< Conheça a trajetória de Geddel Vieira Lima
Na Cui Bono, Geddel é suspeito de ter recebido cerca de R$ 20 milhões em propina de empresas em troca da liberação de financiamentos na Caixa Econômica Federal (CEF). Ele foi vice-presidente de Pessoa Jurídica entre 2011 e 2013, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
A descoberta do dinheiro complica a situação de Geddel, que está em prisão domiciliar na Bahia, acusado de obstrução da Justiça. O ex-ministro, que virou réu em 22 de agosto, foi denunciado por tentar atrapalhar as investigações sobre o desvios no FI-FGTS, o fundo de investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, no período em que foi vice-presidente da Caixa. Segundo a acusação, ele tentou impedir o doleiro Lúcio Funaro de fazer delação premiada.
Em 3 de julho, o ex-ministro chegou a passar dez dias no Complexo Penitenciário da Papuda, antes de ter a prisão domiciliar autorizada. De acordo com nota do Ministério Público Federal, o objetivo de Geddel era evitar que Funaro e o ex-deputado cassado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) firmassem acordo de delação premiada. O ex-ministro é acusado de oferecer vantagens indevidas, além de "monitorar" o comportamento do doleiro para constrangê-lo a não fechar o acordo.
<< Apelidado de Suíno, Geddel era desafeto de Renato Russo na escola
<< Conheça o luxuoso prédio pivô da saída de Calero e da denúncia contra Geddel
<< Delator diz que Geddel ganhou relógio de R$ 85 mil da Odebrecht, segundo o Buzzfeed