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Congresso em Foco
16/12/2017 | Atualizado às 16h41
<< Época: PF intercepta ligação de Gilmar Mendes a investigado no STF << MP investiga negócio de R$ 7,7 milhões que estatizou faculdade criada por Gilmar Mendes no Mato Grosso"Seria apenas mais um processo contra um ex-governador de Estado, preso por quase dois anos acusado de chefiar uma organização criminosa, se não envolvesse uma das figuras mais controvertidas da República, dono de um proeminente assento no Judiciário brasileiro: o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes", diz reportagem publicada pela revista IstoÉ neste fim de semana, intitulada "Negócio suspeito". "A instituição de ensino [...] foi fundada em 1999 por Gilmar Mendes e sua irmã, Maria da Conceição Mendes França. Os dois eram sócios no negócio. No ano seguinte, para poder assumir a Advocacia-Geral da União [AGU], Gilmar teve de repassar sua parte na sociedade à irmã. Em 2013, Maria da Conceição vendeu a instituição para a Unemat", acrescenta a revista. A publicação exibe trechos do inquérito que apura eventuais irregularidades na negociação. Segundo o texto assinado por Octávio Costa e Tábata Viapiana, o Ministério Público diz que a venda da universidade apresentou "práticas de ilícitos morais administrativos". "O governo adquiriu 100% da unidade, incluindo toda a estrutura de salas de aula, laboratórios e biblioteca dos quatro cursos de graduação (Direito, Administração, Educação Física e Enfermagem). E instalou ali o campus Diamantino da Unemat", relata a IstoÉ. Além de indícios de superfaturamento, diz a investigação do MP, o negócio envolveu recursos extra-orçamentários estaduais e não recebeu autorização da Assembleia Legislativa do Mato Grosso. "A Promotoria [da República no Mato Grosso] apontou ainda falta de planejamento do governo na hora de efetivar a compra, ao lançar luz para a ausência de estruturação do corpo docente e para as condições precárias das instalações", informa a reportagem, acrescentando que a irmã de Gilmar Mendes chegou a pedir R$ 8,1 milhões pela União de Ensino Superior de Diamantino (Uned), nome dado pela família Mendes à instituição.
<< Bradesco deu descontos milionários à faculdade de Gilmar Mendes, aponta BuzzFeedO negócio foi selado por meio do Decreto nº 1931, assinado por Silval Barbosa em 13 de setembro de 2013. À revista, Gilmar Mendes admitiu ter sido sócio da Uned até o ano 2000, quando tomou posse na AGU, mas negou ter participado da venda da universidade. "Outra importante questão que se impõe envolvendo a estatização da UNED é por que o Estado compraria uma universidade particular quando o mais comum é o caminho inverso, da privatização?", questiona a revista.
<< Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa batem boca no STFLeia a íntegra da reportagem da IstoÉ Maços de dinheiro Recentemente, ganhou o noticiário político-policial um vídeo constante de delação premiada de Silval Barbosa que mostra a distribuição de dinheiro a políticos de Mato Grosso. Maços de dinheiro foram entregues a aliados na sede do governo estadual. Entre eles aparece o atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), e o deputado federal Ezequiel Fonseca (PP). O dinheiro foi repassado na sala do chefe de gabinete do então governador e era guardado pelos políticos em em malas, mochilas e bolsos de paletó. Silval foi preso na Operação Sodoma em setembro de 2015, acusado de chefiar uma organização criminosa que cobrava propina de empresas privadas em troca de incentivos fiscais durante sua gestão. Em junho deste ano, o ex-governador passou para a prisão domiciliar após entregar R$ 46 milhões em bens, como duas fazendas avaliadas em R$ 33 milhões e R$ 10 milhões e um avião de R$ 900 mil. Hoje prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro aparece enchendo os bolsos do paletó e agachando para recolher dinheiro que deixou cair. O deputado Ezequiel Fonseca guardou dinheiro em caixa de papelão. O então deputado estadual Hermínio Barreto (PR) recolhe as cédulas em uma mala. O ex-deputado estadual Alexandre César (PT) põe a quantia recebida em uma mochila. Já a atual prefeita de Juara, Luciane Bezerra (PSB), acomodou as cédulas em uma bolsa. Silval Barbosa também delatou o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, de quem foi vice-governador. Contou que pagou R$ 3 milhões a Blairo e o mesmo valor ao ex-secretário da Fazenda Éder Moraes para que se retratasse em um depoimento que o comprometia. Na delação, o peemedebista confessou que desviou dinheiro público com o filho, ex-secretários e outros agentes públicos.
<< Vídeo de delação de ex-governador mostra entrega de dinheiro a políticos de Mato Grosso << Ex-procurador-geral da República pede impeachment de Gilmar Mendes
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SEGURANÇA PÚBLICA
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