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Congresso em Foco
22/01/2018 | Atualizado às 16h05
<< Estudo aponta queda de investimentos em áreas sociais e sugere revogação do teto de gastosDe toda a riqueza gerada no mundo em 2017, 82% foram para a parcela de 1% dos mais ricos da população. Por outro lado, a metade mais pobre - o equivalente a 3,7 bilhões de pessoas - não ficou com nada. Desde 2010, a riqueza dos bilionários subiu 13% ao ano em média - seis vezes mais do que os salários médios dos trabalhadores, que tiveram alta média de 2%. Mais da metade da população mundial vive com renda entre US$ 2 e US$ 10 por dia. O patrimônio dos bilionários brasileiros alcançou R$ 549 bilhões no ano passado, um crescimento de 13% em relação a 2016. Por outro lado, os 50% mais pobres tiveram a sua fatia na renda nacional reduzida de 2,7% para 2%. Um brasileiro que ganha um salário mínimo precisaria trabalhar 19 anos para ganhar o mesmo que recebe em um mês uma pessoa enquadrada entre o 0,1% mais rico. Em reportagem sobre o assunto, o jornal Folha de S.Paulo destaca que uma peça-chave na promoção da desigualdade é o sistema tributário regressivo, que penaliza o consumo dos mais pobres. A legislação brasileira beneficia os mais ricos com uma série de isenções tributárias que reforçam a concentração da renda. Tais benefícios, conforme o jornal, incluem a isenção de Imposto de Renda para lucros e dividendos e a isenção "de IPVA para jatos, iates e helicópteros, por exemplo". Por outro lado, o grosso da tributação é indireta, isto é, é incorporada a produtos e serviços cujos preços são os mesmos para todas as pessoas. Com esses fatores, os 10% mais pobres no Brasil gastam 32% de sua renda em tributos, enquanto os 10% mais ricos gastam 21%. O relatório pede que os ricos paguem uma "cota justa" de impostos e tributos e que sejam aumentados os gastos públicos com educação e saúde. "A Oxfam estima que um imposto global de 1,5% sobre a riqueza dos bilionários poderia cobrir os custos de manter todas as crianças na escola."
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