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Congresso em Foco
29/03/2018 | Atualizado às 15h04
<< Passageiros chegam a ficar cinco horas por dia no ônibus em Brasília"Todos os dias milhões de pessoas perdem até 5 horas por dia em ônibus superlotados, sem ar condicionado, mas mesmo assim pagam tarifas assustadoramente caras", justificou. [caption id="attachment_329343" align="alignleft" width="300" caption="Transporte público é marcado pelo "descaso com o cidadão", diz Ivan Valente"]
<< Solução para transporte coletivo passa por transparência e participação popular, aponta debateEle explicou que o PL 9865/2018 se propõe a aumentar a lisura no transporte público em quatro eixos principais. O primeiro é obrigar a divulgação de dados em transparência ativa e em formato aberto, que permite que as pessoas usem cruzem as informações e as usem para fins de pesquisa. O segundo é criar um mecanismo para que a população tenha ao alcance das mãos informações sobre o transporte, como as linhas existentes e o horário do serviço, como já acontece em algumas capitais brasileiras, por exemplo, Curitiba. O terceiro eixo é a possibilidade de os usuários avaliarem o serviço, da mesma forma que ocorre em aplicativos de transporte individual, como Uber e Cabify. Por último, a avaliação da população seria considerada pelo poder público no momento do pagamento dos subsídios às empresas prestadoras do serviço. "Hoje, a administração pública contrata um serviço de uma qualidade e paga como se ele fosse prestado naquela qualidade contratada. Só que não tem como saber, porque ela não ouve a população, que é o principal destinatário desse serviço. O objetivo desse projeto é empoderar o cidadão que usa o transporte público, e fazer com que a má qualidade do serviço comece a impactar o bolso de quem presta esse serviço. Porque, se impactar o bolso, certamente ele vai começar a se preocupar com a qualidade do transporte que está sendo colocado para a população", avaliou. Ele destacou ainda que o deputado Ivan Valente já havia apresentado, em 2012, um projeto que tentava aumentar a transparência no transporte coletivo, especialmente no que diz respeito às tarifas. A matéria foi aprovada na Câmara, muito em razão das mobilizações de 2013, mas está parada no Senado, de acordo com ele, por conta do forte lobby exercido por senadores que são proprietários ou têm participação em empresas que oferecem o serviço. "Esse debate permanece presente na sociedade, mas a gente não avançou em termos de transparência", completou Marivaldo. Diálogos Congresso em Foco Com o objetivo de discutir os problemas do transporte público da capital federal e propor soluções, o Congresso em Foco promoveu em janeiro, na cidade de Santa Maria, o debate "Transporte coletivo em Brasília. Tem solução?", em parceria com o Observatório Social de Brasília, a ONG Café com Política e a rede DF em Movimento. Cerca de 40 pessoas, entre moradores da cidade, localizada a 30 km do Plano Piloto, e representantes de diversos setores da sociedade civil participaram do ato, onde foi sintetizado um conjunto de alternativas para melhorar o serviço prestado à população. Entre as propostas estão o aumento da frota dos ônibus que atendem ao Distrito Federal; a melhoria da fiscalização do DFTrans para garantir o cumprimento dos horários de ônibus; a garantia de transparência na divulgação das planilhas de custos das empresas de transporte; a participação da população na gestão do sistema de transportes; e a instituição de uma tarifa única no sistema de transporte. O conjunto de recomendações foi entregue às principais autoridades do setor no Distrito Federal.
<< Transporte coletivo em Brasília tem solução. Veja as propostas que saíram do Diálogos Congresso em Foco
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