Bolsonaro ao lado dos agora ex-aliados Bebianno e Joice.
[fotografo] Agência Brasil [fotografo [/fotografo]
O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência e ex-presidente nacional do PSL, Gustavo Bebianno, criticou nesta sexta-feira (18) o presidente Jair Bolsonaro por destituir
Joice Hasselmann (PSL-SP) da liderança do governo no Congresso Nacional.
"Perdeu mais uma aliada. Time do eu sozinho é inviável. Vai governar como, dará um golpe?", disse ao
Congresso em Foco.
O substituto de Joice no cargo é o senador
Eduardo Gomes (MDB-TO). A decisão do presidente Jair Bolsonaro aconteceu após
Joice não apoiar a iniciativa de colocar Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como líder do partido na Câmara. O atual líder, Delegado Waldir (GO), trava uma briga para manter o cargo.
A crise na sigla foi destacada pelo
Congresso em Foco em setembro, quando deputados revelaram ao site que a situação dentro do partido era de racha e possível debandada.
O clima piorou no dia 8 de outubro, quando Bolsonaro disse para um seguidor esquecer a sigla e que o presidente do partido,
Luciano Bivar, estava queimado. Desde então, aliados de Bolsonaro e de Bivar travam uma disputa interna. A última delas, acirrada desde ontem, é pela função de líder da bancada na Câmara.
Diante de todo impasse envolvendo a liderança do PSL, um parecer da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara sustenta que, até o momento, Delegado Waldir segue líder da legenda na Casa. A decisão foi tomada com base técnica, uma vez que a lista apresentada pela ala bivarista, que é a favor de Waldir, teve mais assinaturas validadas do que a apresentada em favor do filho do presidente,
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Horas depois de não ser mais líder do governo, a
deputada disse em mensagem publicada em sua conta no Twitter que atuou para salvar o presidente Jair Bolsonaro de um processo de impeachment, que conteve inúmeras crises no governo e que sabia que "poderia esperar a traição". "Não me importo com ingratidão. Meu couro é duro", escreveu, em recado ao presidente, mas sem citar o nome dele.
Ela condicionou a manutenção do seu apoio ao presidente. "Continuo firme no combate à corrupção e apoio o PR @jairbolsonaro enquanto ele realmente quiser combater a corrupção, sem jeitinho, sem flexibilizar, sem carteiradas, sem protecionismo a quem quer que seja. Se houver esse compromisso mantido com o Brasil, seguiremos juntos", publicou.
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