[fotografo] José Cruz/Agência Brasil [/fotografo]
O Palácio do Planalto não pretende interceder na obstrução que paralisa há um mês as votações na Câmara. Por motivos diferentes, Centrão, bloco de centro e direita que está na base do governo, e oposição têm
agido para que não haja avanço nos trabalhos legislativos.
"Aguardamos entendimento entre partidos de base", disse o líder do governo na Câmara,
Ricardo Barros (PP-PR), ao
Congresso em Foco.
Perguntado pelo
site se um entendimento entre as legendas vai demorar, Barros disse: "A política é um caixa de surpresas".
O Centrão, liderado por
Arthur Lira (PP-AL), correligionário de Barros, pressiona pela escolha da deputada
Flávia Arruda (PL-DF) para presidir a Comissão Mista de Orçamento (CMO). O grupo do presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), resiste e afirma que foi firmado um acordo para o presidente ser o deputado
Elmar Nascimento (DEM-BA).
Já a oposição trava as sessões da Casa para pressionar pela votação da medida provisória do auxílio emergencial e fazer com que o valor dele deixe de ser R$ 300 e volte aos R$ 600.
Na terça-feira (27), Maia comentou sobre a obstrução e disse que o Poder Executivo é o principal prejudicado. "As MPs [medidas provisórias] certamente devem ter mais interesse da base do que da oposição. Seria importante, até porque, na hora de votar as emendas constitucionais, o governo vai precisar de 308 votos. A gente precisa de um ambiente de menos conflito para votar matérias dificílimas, começando pela regulamentação do teto de gastos", disse.
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