Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) [fotografo] Pedro França/Agência Senado [/fotografo]
Desde o início da CPI da Covid, os senadores
Renan Calheiros (MDB-AL) - relator da comissão - e
Ciro Nogueira (PP-PI) - da tropa de choque governista - declaram publicamente que, apesar das divergências políticas, mantém uma forte amizade. Ao
Insider, o emedebista reiterou nesta quarta-feira (21) gostar muito de Ciro, porém, avisou ter ressalvas quanto à
ida do senador para a Casa Civil.
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Na avaliação do emedebista, Ciro vai ser expor muito ao integrar o Executivo. "Temo por ele, eu acho que não dará certo", disse.
"O chefe da Casa Civil vai ter o trabalho de montar um governo. Será um trabalho hercúleo, né? Montar um governo a essa altura do campeonato. O governo não existe organicamente. Não tem propósito, não sabe...tem um déficit bilionário, política econômica fracassou", complementou.
O relator da CPI da Covid e ex-presidente do Senado afirmou que as mudanças ministeriais em curso são uma espécie de "esparadrapo" no que chama de "ordem do dia": a sabatina pelo Senado da indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF), a CPI da Covid, as negociações sobre o "fundão" eleitoral, a reforma eleitoral e política. Porém, Renan destaca: acha que tal "esparadrapo" não vai segurar muito.
A negociação do fundão de R$ 5,7 bilhões aprovado pelo Congresso para o ano que vem está estritamente ligada às mudanças na Esplanada. Ciro Nogueira é também presidente do Partido Progressista, que já abrigou Bolsonaro. O presidente da República, sem partido, ainda não anunciou publicamente para qual sigla irá. E, ao menos por enquanto, disse pretender vetar qualquer aumento do fundo eleitoral.
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