O novo desenho inclui deputados de espectros opostos, com PT e PL entre os quadros para a mesa diretora da Câmara. Foto: Elaine Menke/Câmara do Deputados
Na véspera da posse dos parlamentares do
Congresso Nacional, os partidos concluíram o acordo para a formação da
mesa diretora da
Câmara dos Deputados, que será eleita no mesmo dia de sua presidência. O novo desenho inclui deputados de espectros opostos, como
PT e
PL entre os quadros, e preserva a posição do presidente do
União Brasil, Luciano Bivar (PE), entre os titulares.
Ao contrário do Senado Federal, onde as mesas são eleitas em chapas junto ao presidente, a Câmara distribui cargos da mesa conforme o tamanho de cada bloco partidário. Os blocos, porém, podem negociar entre si as funções desenhadas em troca de apoio em votações. O presidente da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL), coordenou a negociação para a mesa do biênio 2023-2024. Confira os nomes:
Marcos Pereira (Republicanos-SP) - primeira vice-presidência;
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) - segunda vice-presidência;
Luciano Bivar (União-PE) - primeira secretaria;
Maria do Rosário (PT-RS) - segunda secretaria;
Júlio César (PSD-PI) - terceira secretaria;
Lúcio Mosquini (MDB-RO) - quarta secretaria.
Sóstenes Cavalcante foi o último confirmado, depois de sua candidatura ser sacramentada em uma reunião do PL na segunda-feira (30). Originalmente cotado para a primeira vice-presidência, seu partido trocou de lugar com o Republicanos em troca de apoio na campanha de
Rogerio Marinho (PL-RN) à presidência do Senado. O deputado é presidente da Frente Parlamentar Evangélica, com pautas contrárias à de Maria do Rosário, que faz parte da ala ideológica do PT.
Apesar do interesse de
Arthur Lira e das respectivas lideranças no desenho montado para a mesa diretora, essa não será necessariamente a formação estabelecida. Dentro de cada bloco partidário, outros candidatos avulsos podem se oferecer para os respectivos cargos. Outro nome do União Brasil pode, por exemplo, se candidatar contra Bivar.
As candidaturas poderão ser oficialmente registradas na manhã de quarta-feira (1º), poucas horas antes da cerimônia de posse. Por enquanto, há apenas um nome em campanha contra um dos quadros do acordo para a mesa:
Chico Alencar, do Psol do Rio de Janeiro, concorre contra
Arthur Lira. O atual presidente, porém, já conta com folga no apoio de bancadas para sua reeleição.