Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI, deverá prestar esclarecimentos sobre as imagens vazadas de sua visita ao Planalto em 8 de janeiro. Foto: reprodução
O ex-ministro do
Gabinete de Segurança Institucional (GSI),
Gonçalves Dias, chegou à sede da
Polícia Federal para prestar depoimento sobre sua suspeita de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro. Sua intimação veio a pedido do ministro
Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal (STF), em decorrência do vazamento de imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto.
As imagens revelam Gonçalves Dias chegando na antecâmara do gabinete presidencial por volta das 16h30, onde foi visto interagindo com invasores. Mais cedo, no térreo, um oficial do GSI também foi avistado caminhando em meio aos vândalos, chegando a acenar para um deles e oferecer água para os demais. O ministro deverá se explicar sobre isso e também sobre as alegações de membros do governo de que ele teria tentado impedir as gravações de chegar ao presidente Lula.
Na quarta-feira, a crise provocada pelo vazamento o levou a entregar seu cargo. Apesar de ainda contar com o apoio de alguns membros do governo, o presidente Lula decidiu acatar o pedido de afastamento, entregando a chefia do GSI ao ex-interventor federal do DF, Ricardo Cappelli, quadro de confiança do ministro da Justiça, Flávio Dino.
Em entrevista à Globo News, Dias negou envolvimento nos atos golpistas. Segundo ele, sua visita ao palácio se deu para retirar os invasores que estavam nos terceiro e quarto andares do Palácio do Planalto, para que fossem presos por policiais que aguardavam no segundo. Ele também afirmou que o oficial que foi visto oferecendo água aos manifestantes deve ser punido.