O ainda ministro da Justiça, Flávio Dino, que em fevereiro assumirá cargo de
ministro do Supremo Tribunal Federal. Foto: Isaac Amorim/MJSP
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, solicitou esclarecimentos e providências à Polícia Rodoviária Federal (PRF) no estado do Rio Janeiro, a respeito dos tiros que atingiram a cabeça da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, nesta quinta-feira (7). A família da criança afirma que os disparos partiram de agentes da PRF.

A corporação já afastou os três agentes envolvidos no caso.
"Mandei acelerar a revisão da doutrina policial e manuais de procedimento na PRF, como já havia determinado quando da demissão dos policiais do caso Genivaldo, em Sergipe. Outras medidas serão informadas em breve", disse o ministro da Justiça em uma rede social.
Em agosto deste ano, Flávio Dino anunciou a demissão de três policiais rodoviários federais envolvidos na morte
por asfixia do sergipano Genivaldo Jesus dos Santos. morto por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em junho de 2022.
O homem, de 38 anos, foi abordado por policiais em Umbaúba (SE) porque pilotava uma moto sem capacete e colocado no porta-malas de uma viatura. Na sequência, os policiais prenderam Genivaldo no porta-malas de uma viatura, colocaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo com ele. O laudo do Instituto Médico Legal (IML), apontou a morte por asfixia e insuficiência respiratória.
Em abril deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) defendeu que a União pague, a título de indenização, de R$ 128 milhões pela morte de Genivaldo. A ação contra a União em que ocorreu a manifestação do MPF foi impetrada pela Associação Educafro Brasil - Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes e pelo Centro Santo Dias de Direitos Humanos.