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Congresso em Foco
06/12/2017 | Atualizado às 14h02
<< Após quatro anos afastado, Demóstenes Torres volta ao Ministério Público e já entra com pedido de 60 dias de fériasComo o processo administrativo disciplinar contra Demóstenes Torres no CNMP baseou-se exclusivamente em interceptações telefônicas declaradas nulas pela Corte, o entendimento unânime do colegiado é de que a abertura do processo administrativo disciplinar deve ser considerada nula, com o consequente retorno do ex-senador ao cargo que ocupava no Ministério Público. "Tendo a Segunda Turma reconhecido que as provas em questão foram produzidas em manifesta usurpação da competência do STF, necessária se faz a invalidação das interceptações telefônicas relacionadas às operações em apreço, bem como de todas as provas diretamente delas derivadas", destacou Gilmar Mendes em seu voto. De acordo com o ministro, a declaração de nulidade das interceptações telefônicas só não geraria nulidade do PAD se houvesse provas obtidas por fontes independentes e autônomas.
<<De volta ao MP, Demóstenes pede que Senado anule sua cassação e mira eleição para a Câmara << Após derrubar ações do caso Cachoeira, Demóstenes vai pedir ao Senado que anule cassaçãoO ex-senador estava afastado desde outubro de 2012, mas havia reassumido o cargo de procurador de Justiça do MP-GO em junho deste ano. No entanto, estava ainda sob a ameaça da decisão final do STF. Como mostrou o Congresso em Foco, Demóstenes pediu ao Senado para que anule sua cassação por envolvimento com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, porque a Justiça considerou nulos os grampos telefônicos que embasaram os processos criminais e o seu julgamento político. Cassado há cinco anos, em 11 de julho de 2012, por envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, Demóstenes está inelegível até 2027. No entanto, o ex-senador quer retomar o direito de se candidatar já em 2018 a uma vaga na Câmara dos Deputados. As chances de o Senado considerar o pedido, porém, são mínimas. Em nome da mulher, Flávia Coelho Torres, o ex-senador abriu um restaurante e um escritório de advocacia, ambos em bairros nobres de Goiânia. A preferência de Demóstenes pela advocacia tem muito a ver com a rejeição que ele enfrenta entre os colegas do MP-GO. Em agosto de 2012, 82 promotores de Justiça, procuradores do Trabalho e procuradores da República em Goiás assinaram manifesto pedindo ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em caráter liminar, o afastamento dele em razão das acusações que o derrubaram no Senado. O Ministério Público goiano é comandado atualmente pelo procurador Benedito Torres, irmão de Demóstenes. A relação entre os dois ficou abalada desde o escândalo do caso Cachoeira. Segundo relatos de amigos, o ex-senador cassado não perdoou até hoje as declarações dadas na época pelo irmão na tentativa de se distanciar das denúncias. Na ocasião, Benedito também era o procurador-geral de Justiça de Goiás, cargo que exerceu pela primeira vez entre 2011 e 2013.
<< "Fui tratado como cão sarnento", diz Demóstenes
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