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Congresso em Foco
23/12/2017 | Atualizado às 22h16
Denúncias contra o presidente Michel Temer, pressão da base aliada por cargos, liberação de emendas e chantagens por mudanças na legislação em benefício próprio ditaram o ritmo arrastado das votações na Câmara no segundo semestre de 2017. Prevaleceu o famoso "toma lá, dá cá". As decisões só ocorriam à medida em que os deputados eram atendidos em suas reivindicações. Ao longo desse período, líderes governistas na Câmara contavam votos para saber se tinham condições de aprovar a reforma da Previdência, considerada prioridade zero pelo presidente. Acabou ficando para 2018.
Sem o protagonismo que teve até o ano passado, o Senado, presidido por Eunício Oliveira (PMDB-CE), passou os últimos meses de 2017 no mesmo compasso da Câmara. Brigou, mas depois se acertou, com o Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) - afastamento que os próprios senadores suspenderam.
Com popularidade de apenas 3%, Temer governou por medidas provisórias. Desde que assumiu o mandato, ainda em caráter provisório, em maio de 2016, até o início de dezembro, ele já havia recorrido ao expediente 83 vezes - um recorde entre todos os presidentes da República para igual período de tempo. Mesmo diante desses obstáculos, o Congresso aprovou medidas que afetam as eleições, as dívidas tributárias, a educação, o transporte de passageiros, a segurança pública, as garantias dos patrões e os direitos dos empregados.
O raio-x das votaçõesOs deputados passaram quatro meses do segundo semestre discutindo se autorizavam ou não o Supremo Tribunal Federal a analisar as duas denúncias criminais contra o presidente Michel Temer - por corrupção, obstrução da Justiça e organização criminosa. O clima de tensão afetou a base governista e as decisões nas duas Casas legislativas.
A Revista Congresso em Foco selecionou oito votações nominais (aquelas em que o congressista registra o seu voto) na Câmara e outras sete no Senado para revelar a posição de cada parlamentar em relação a essas propostas. Confira abaixo.
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