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Congresso em Foco
16/01/2018 | Atualizado às 21h07
<< A ressurreição de Temer: barganhas e estratégias que salvaram o mandato"Homem honrado" Na ação, os advogados Antônio Mariz e Renato Ramos alegam que a indenização serviria de "desestímulo" para novas ofensas do delator e apresentam Michel Temer como "homem honrado, com vida pública irretocável, respeitado no meio político e jurídico". De acordo com a defesa, o presidente "nunca, jamais sofreu qualquer condenação judicial, ou mesmo foi acusado formalmente de obter qualquer vantagem indevida". O objetivo de Joesley, segundo eles, é "obter o perdão dos inúmeros crimes que cometeu, por meio de um generoso acordo de delação premiada que o mantenha livre de qualquer acusação, vivendo fora do país com um substancial (e suspeito) patrimônio". O valor da indenização, de acordo com os advogados, seria revertido a instituição de caridade. Essa foi a segunda derrota de Temer na disputa judicial com Joesley. Em junho do ano passado, o juiz federal Marcos Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal em Brasília, já havia negado pedido de indenização feito pelo presidente por injúria, calúnia e difamação. Para o magistrado, o empresário apenas relatou os fatos no contexto de seus depoimentos de delação premiada. "Tem que manter isso" Joesley está preso desde setembro do ano passado, sob a acusação de ter violado o acordo de delação premiada ao omitir a participação do ex-procurador Marcello Miller em seu processo. Ao determinar a prisão, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concluiu que havia indícios de que as delações ocorreram de maneira "parcial e seletiva". Em conversa gravada no Palácio do Jaburu, em encontro fora da agenda em março, Temer ouviu a confissão de crimes por parte de Joesley, mas, em momento algum, repreendeu o empresário. Entre outras coisas, o empresário admitiu que trabalhava para obstruir a Justiça e calar o ex-deputado cassado Eduardo Cunha (MDB) com o pagamento de mesada para impedir que o peemedebista fizesse delação premiada. "Tem que manter isso, viu", disse Temer na ocasião. * Colaborou Isabella Macedo
<< Câmara livra Temer de segunda denúncia, agora por organização criminosa e obstrução de Justiça
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