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Congresso em Foco
17/02/2018 | Atualizado às 09h50
<< Bolsonaro critica intervenção militar no Rio: "Bando de vagabundos"A mais falada delas, e antes tida como prioritária pelo governo, é a que altera as regras do sistema previdenciário (PEC 287/16). Outra importante proposta temporariamente barrada pelo decreto da intervenção é a que limita em mais de 90% dos casos o direito ao chamado foro privilegiado, apontado como fator principal de impunidade do país graças à morosidade de tribunais superiores, que detêm a exclusividade de julgar autoridades com direito ao privilégio. A título de ilustração, como este site mostrou na última quinta-feira (15), em um ano o ministro-relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, recebeu 147 inquéritos sobre o esquema de corrupção na Petrobras, mas só cinco deles viraram processos.
<< Em um ano, Fachin recebeu 147 inquéritos da Lava Jato, só cinco viraram processosApenas na Câmara, onde o decreto presidencial da intervenção começará a ser analisado já nesta segunda-feira (19), 57 propostas de emenda estão em tramitação. Deste total, 23 PECs sequer têm comissão especial constituída, como determina o regimento interno, para examinar seus conteúdos. Motivo: líderes partidários ainda não indicaram os membros para compor os colegiados. É o caso da PEC que restringe o foro privilegiado, aprovada no Senado em 31 de maio - ou seja, está emperrada na Câmara há quase nove meses.
<< Aprovado no Senado, fim do foro privilegiado encalha na CâmaraJá no Senado, uma contradição: algumas propostas à espera de votação dizem respeito justamente ao setor da segurança pública, no pacote temático anunciado pelo presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), no retorno do Congresso aos trabalhos, no início deste mês. Uma dessas PECs é a que pretende proibir o contingenciamento de verbas do Fundo Nacional de Segurança Pública, possibilitando que verbas orçamentárias sejam remanejadas para cumprir políticas públicas para a área de segurança. A matéria está pautada para o plenário na próxima terça-feira (20). O decreto da intervenção obedece às mesmas regras regimentais das medidas provisórias, com vigência iniciada na data de sua publicação e sem obrigatoriedade de aprovação prévia por deputados e senadores. A única hipótese de anulação da validade é a rejeição, em votação da Câmara ou do Senado, por maioria simples dos parlamentares da Casa em questão - metade mais um dos presentes, respeitado o quórum mínimo de votação (257 e 41 congressistas, respectivamente). Nesse caso, os efeitos do decreto são suspensos e devem ser revertidas suas consequências, quando possível. Urgência A intervenção é uma resposta dos governos federal e estadual à escalada da violência no Rio. Durante o carnaval, foram registrados diversos arrastões, saque a lojas, assaltos em blocos carnavalescos, entre outros crimes. O general Walter Souza Braga Netto, chefe do Comando Militar do Leste, será o interventor e ficará diretamente subordinado a Temer. "Não estávamos preparados. Houve uma falha nos dois primeiros dias, e depois a gente reforçou aquele policiamento. Mas eu acho que houve um erro nosso", disse o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, na última quarta-feira (14). Pezão afirmou ontem (sexta, 16), durante a cerimônia de assinatura do decreto, que o Rio de Janeiro "tem pressa e urgência" para resolver o grave crise de insegurança e violência no estado. Segundo o governador, apenas com as polícias Militar e Civil o estado não conseguiu "deter a guerra entre facções" agravada com a atuação de milícias no estado fluminense.
<< Oposição diz que intervenção é "cortina de fumaça", não é séria e desrespeita situação do Rio
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