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Congresso em Foco
04/04/2018 | Atualizado às 00h25
O ministro ressaltou que seu voto discute a tese jurídica da prisão em segunda instância
<< Gilmar critica PT e imprensa e vota para que Lula só possa ser preso após decisão do STJ"Um sistema penal desmoralizado não serve a ninguém, não serve à sociedade, ao poder judiciário e não serve para a advocacia", defendeu. Barroso explicou também que depois da condenação em segundo grau não é mais possível discutir nem a autoria nem a materialidade do crime. Para ele, rever a jurisprudência permitindo aos condenados recorrer em liberdade até a última instância é um retrocesso. "Vamos voltar a ser muito parecidos com o que éramos antes, um país feio e desonesto, que dá os incentivos errados e extrai o pior das pessoas", continuou o ministro em seu voto. Sobre a validade da prisão em segunda instância, Barroso disse que o entendimento que prevaleceu no STF de 2009 até 2016, que proibia o cumprimento da pena, gerou incentivo a infinitos recursos protelatórios, seletividade do encarceramento, além do descrédito na Justiça. "Essa é a realidade do sistema penal brasileiro. Ele é feito para prender menino pobre e não consegue prender essas pessoas que desviam por corrupção e outros delitos milhões de dinheiros. O desvio mata as pessoas, gente que morre na fila da saúde, gente que não recebe educação, gente que anda enlatada no transporte público", argumentou Barroso. Até o momento, o relator, Edson Fachin, e Alexandre de Mores rejeitaram o pedido de habeas corpus. Gilmar Mendes votou a favor. Faltam os votos de Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio, Celso de Mello e a presidente, Cármen Lúcia.
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