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Congresso em Foco
09/04/2018 | Atualizado às 09h55
<< Confira documento do processoOs autores alegaram na ação que as religiões afro-brasileiras "vêm sofrendo constantes agressões" em programas veiculados na Record. A Constituição Federal proíbe a demonização de religiões por adeptos de outras crenças. Os autores citaram ofensas veiculadas no programa "Mistérios", no quadro "Sessão de descarrego" e ainda no livro "Orixás, Caboclos e Guias, Deuses ou Demônios", de Edir Macedo. Na prática, foi mantida a decisão de primeira instância, que já havia determinado a transmissão de programas de uma hora e que devem ser gravados dentro do estúdio da própria emissora. O juiz determinou que serão 16 programas veiculados durante 16 dias seguidos no horário nobre com três chamadas diárias. E com a gravação dos programas nos estúdios na própria emissora em São Paulo. Poder Em discurso no tribunal, a desembargadora Diva Malerbi ressaltou que a Record é uma empresa detentora de um serviço público, conforme a Lei de Radiodifusão. "Vocês têm serviço público e não é possível que usem esse poder para ofender outras religiões", destacou. Confira um trecho de seu posicionamento a respeito da decisão judicial: [sc_embed_player_template1 fileurl="https://static.congressoemfoco.com.br/2018/04/Áudio-Desembargadora-Diva-Marlebi.mp3"] Segundo o advogado das entidades que representam as religiões de matrizes africanas, Hedio Silva, o Código Brasileiro de Telecomunicações prevê a figura do abuso da liberdade da Radio Difusão. "Você não pode utilizar a radiodifusão para propagar o ódio, a intolerância, a discriminação. Incitar brasileiros a atacarem outros brasileiros em função da sua crença ou em função da sua descrença". O advogado defende que os serviços de comunicação e de radiodifusão têm finalidade pública e devem respeitar a Constituição Federal e o Código Brasileiro de Telecomunicações que preveem função educativa e informativa. "A ideia é usar os programas para propagar a ideia de que numa democracia como o Brasil, numa sociedade que é um verdadeiro amalgama, uma rica geografia de identidade culturais que tem cerca de confissões ou de dois mil de entidades religiosas, 10% dos brasileiros se declaram ateus", explicou o advogado. * Matéria publicada originalmente no site da Agência Uniceub
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