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Congresso em Foco
21/05/2018 | Atualizado às 18h03
<< Lava Jato: STF autoriza investigação contra o senador tucano Paulo Bauer por caixa doisO pedido de abertura de inquérito feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, foi recebido por Cármen Lúcia em decisão de 9 de maio. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as vantagens indevidas "teriam sido pagas como contraprestação à atuação parlamentar em consonância aos interesses do Grupo Hypermarcas na tramitação da Proposta de Emenda à Constituição n. 115/2011, de autoria do próprio senador Paulo Bauer". A proposta de emenda tem por objetivo instituir imunidade de impostos federais, estaduais e municipais sobre os medicamentos de uso humano, o que em tese beneficiaria a própria Hypermarcas. Leia o despacho de Cármen Lúcia... ...e o pedido de Fachin O inquérito contra o senador foi desmembrado do processo que investiga supostos pagamentos ilegais ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como contrapartida por sua atuação no interesse de empreiteiras e instituições financeiras no Congresso. Por sorteio, o inquérito foi direcionado a Fachin. Em despacho referente ao caso, o ministro sustentou o desmembramento do inquérito argumentando que, apesar de o modus operandi das condutas serem o mesmo, beneficiários e interesses são distintos do processo que originou a investigação. Senador mantém agenda pré-eleitoral Indicado pelo PSDB na disputa ao governo de Santa Catarina em 2018, o senador Paulo Bauer informou que mantém sua agenda normalmente e que as denúncias não interferem em suas pretensões políticas. Nesta quinta-feira (17), o senador cumpriu agenda no extremo-oeste catarinense e preferiu não conceder entrevista. O senador tucano informou apenas que a abertura de inquérito lhe dará oportunidade de defesa. Por meio de nota (íntegra abaixo), o advogado José Eduardo Alckmin, que defende Paulo Bauer neste caso, destaca que o inquérito foi desmembrado e que não tem qualquer relação com as investigações da Lava Jato. Ele ainda classifica como "mero episódio processual" o andamento do pedido no Supremo. Leia a íntegra da nota: Na qualidade de advogado do Senador Paulo Bauer, perante o Poder Judiciário, tenho a esclarecer: 1 - A Procuradoria Geral da República considerou necessários maiores esclarecimentos a respeito de delação premiada em que foram feitas afirmações contra o Senador; 2 - O delator mencionou o nome do Senador como tendo sido beneficiado com recursos da empresa, através de pagamentos por ela realizados pela prestação de serviços contratados e não executados; 3 - O Supremo Tribunal Federal recebeu da PGR solicitação para dar seguimento aos procedimentos mediante a abertura de inquérito judicial, especificando os fatos a serem investigados; 4 - Em razão de a denúncia em questão NÃO TER nenhuma relação com fatos investigados no âmbito da "Operação Lava Jato", o Ministro manifestou-se no processo, informando que a denúncia deveria ser analisada isoladamente e, neste caso poderia caber a outro Ministro a incumbência de autorizar ou não o procedimento requerido pela PGR; 5 - O procedimento constitue-se em MERO EPISÓDIO PROCESSUAL que não afeta, altera ou acrescenta fatos novos aos já conhecidos e mencionados pelo delator; 6 - O Senador Paulo Bauer, aguarda a oportunidade legal para manifestar-se perante o judiciário, certo de que terá sua inocência reconhecida em razão da inexistência dos fatos mencionados pelo delator e da consequente falta de comprovação dos mesmos. Brasília(DF), 15 de maio de 2018. Dr JOSÉ EDUARDO ALCKMIN OAB/DF 2977 * De Florianópolis (SC), especial para o Congresso em Foco.
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