Janaina Paschoal foi a deputada mais votada da historia brasileira, coautora do pedido de impeachment contra Dilma Rousseff [fotografo]EBC[/fotografo]
Coautora da peça jurídica que resultou impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), a advogada
Janaína Paschoal demonstrou entusiasmo ao comentar, via Twitter, a entrevista concedida pelo pré-candidato do Novo, João Amoêdo, à revistra
IstoÉ. Ela mesma cogitada para a chapa de outro presidenciável, Jair Bolsonaro (PSL), Janaína fez neste domingo (29) 16 postagens em sequência na rede social, em que sugere aliança entre os dois candidatos e distribui elogios ao posicionamento de Amoêdo.
Em um dos
posts, a professora da Universidade de São Paulo fala em "união de forças" e diz que as respostas de Amoêdo á revista expõem identidade ideológica não só entre os presidenciáveis, mas em relação a ela mesma. "Muitas das respostas dadas por Amoedo à
IstoÉ, eu também daria. Vou além, muitas das respostas dadas por Amoedo à
IstoÉ, Bolsonaro também daria. O que nós estamos fazendo separados? Por que esperar o segundo turno e correr o risco de precisar apoiar o que não queremos mais?", questiona.
Em outro registro, Janaína diz a Amoêdo que Bolsonaro, que lidera pesquisas de intenção de voto em cenários sem o ex-presidente Lula, "tem chances reais de vitória". E continua: "As linhas mestras dele são as mesmas que as suas e as minhas. Nós não concordamos com alguns pensamentos dele? OK! Nós respeitamos ou não a liberdade de consciência e de manifestação?", indagou, remetendo a recente evento partidário em que,
ao lado de Bolsonaro, irritou eleitores do deputado ao defender o diálogo e o respeito ao contraditório, pois do contrário eles virariam "o PT ao contrário".
Janaína finaliza a sequência de tuítes reconhecendo o caráter "inusitado" do diálogo (até agora, um monólogo, pois Amoêdo ainda não a respondeu). "Sei que estabelecer este diálogo no Twitter é inusitado. Mas nós precisamos do máximo de transparência e, admita, não temos tempo para a diplomacia que seria desejável. Leia a sua própria entrevista. Nós temos uma chance de unir forças para fazer a mudança agora. Pense nisso!"
Monólogo
Há alguns minutos, João Amoêdo também se manifestou por meio do Twitter hoje (domingo, 29), mas para fazer referência a outra entrevista que concedeu, desta vez à revista eletrônica
Crusoé. Também reclamou do modelo de financiamento de campanha.
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"Dirigentes de 13 partidos receberam R$5 milhões em 1 ano. Esse dinheiro vem dos nossos impostos e poderia ser investido em saúde, segurança e educação", escreve o presidenciável, acrescentando que seu partido não utiliza fundo partidário nem o chamado fundão eleitoral,
aprovado pelo Congresso em 4 de outubro.
Regras criam "fundão" público para financiar campanhas; leia íntegras