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Congresso em Foco
29/10/2018 | Atualizado às 07h57
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Em outro momento da entrevista, a apresentadora do Jornal Nacional Renata Vasconcelos (TV Globo) lembrou recente discurso em que Bolsonaro, dirigindo-se a eleitores aglomerados na Avenida Paulista, em São Paulo, prometeu "varrer os vermelhos" do mapa. Era uma referência a petistas, comunistas e demais defensores da esquerda brasileira. Mas o deputado reconheceu a inadequação da fala e a atribuiu ao calor da disputa, acrescentando que se referia apenas "à cúpula do PT e à do Psol". Simpático à política norte-americana de armamento populacional, o capitão da reserva confirmou as expectativas e já disse que trabalhará para derrubar o Estatuto do Desarmamento. Defensor da posse de armas em residências pelo cidadão comum, e não o porte em si, ele prometeu articular o fim da legislação antes mesmo de assumir o comando do Executivo federal. Bolsonaro também foi provocado a falar também de grupos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), uma das principais bases sociais dos governos petistas. Nesse ponto da entrevista, o deputado foi enfático: "Não tem o que conversar com o MST." Outro rumor que agora ganha força com a eleição de Bolsonaro é a privatização, ou mesmo extinção, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), que tem natureza estatal. Caso ela continue em funcionamento, avisa o futuro presidente, vai se limitar a fazer anúncios oficiais na TV comercial. Bronca e defesa No momento em que Bolsonaro faz a crítica à Folha, William Bonner, apresentador do Jornal Nacional (TV Globo), lembra que o presidente eleito defendeu o fechamento do jornal. Diante da pergunta do jornalista (veja no primeiro vídeo abaixo, aos quatro minutos e 25 segundos), o deputado do PSL citou outras reportagens do mesmo veículo de imprensa e disparou: "Aproveito o momento para que nós façamos justiça no Brasil. Tem uma senhora de nome Valdenice, minha funcionária, que trabalhava na Vila Histórica de Mambucaba [Angra dos Reis, RJ] e tinha uma lojinha de açaí. O jornal Folha de S.Paulo foi lá em 10 de janeiro, fez uma matéria e a rotulou, de forma injusta, como [funcipnaria] fantasma. É uma senhora, mulher, negra e pobre. Só que, nesse dia 10 de janeiro, segundo boletim administrativo da Câmara de 19 de dezembro, ela estava de férias. Então, ações como essa, por parte de uma imprensa que não volta atrás, mesmo a gente mostrando a injustiça que cometeu com uma senhora, logicamente eu não posso considerar essa imprensa digna", protestou.>> Em prática ilegal, empresas bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp, diz Folha
"Não quero que ela acabe. Mas, no que depender de mim, não terá apoio do governo federal, na propaganda oficial do governo, imprensa que se comportar dessa maneira, mentindo descaradamente", acrescentou Bolsonaro. Neste momento da entrevista, William Bonner insiste em saber se o entrevistado dizia, claramente, não querer que a Folha "acabe". "Por si só, esse jornal se acabou. Não tem mais prestígio nenhum. Quase todas as fake news que se voltaram contra mim partiram da Folha de S.Paulo", acrescentou o deputado, passando então a se referir à reportagem sobre o esquema de mensagens via WhatsApp, a que chamou de "grande mentira". Em seguida, Bonner passa a defender a Folha, depois de dizer que o próprio Jornal Nacional, do qual é editor-chefe, já sofreu críticas "injustas" do jornal paulista. E concluiu: "A Folha é um jornal sério, que cumpre um papel importantíssimo na democracia brasileira". Diante da fala de Bolsonaro sobre os registros da Câmara, o site da Folha veiculou reportagem mostrando que a versão do deputado é equivocada. "Desde a primeira reportagem, publicada em 11 de janeiro, Bolsonaro vem dando diferentes e conflitantes versões sobre a assessora para tentar negar, todas elas não condizentes com a realidade.. Ao Jornal Nacional, ele disse que a assessora estava em férias quando o jornal visitou o local pela primeira vez, em janeiro, e não disse, porém, que a Folha retornou ao local em agosto e comprou das mãos da funcionária um açaí e um cupuaçu durante horário de expediente da Câmara", explicou a matéria. TV preferida A emissora escolhida por Bolsonaro para veicular a primeira entrevista exclusiva, a Record, tem como dono o bispo Edir Macedo, que declarou apoio público a Bolsonaro já antes do primeiro turno. O líder religioso é também o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, e mobilizou grande parte do eleitor evangélico a favor de Bolsonaro. Com a escolha pela emTV do bispo, o deputado tira de sua principal rival, líder de audiência há décadas, a primazia na transmissão da já tradicional primeira entrevista no horário nobre pós-eleição. Veja abaixo as quatro entrevistas em vídeo. Na Globo: Na Record: No SBT: Na RedeTV!:>> Antes de ser empossado senador, filho de Bolsonaro já começa a atacar o Congresso em Foco
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