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Congresso em Foco
10/11/2018 | Atualizado às 10h55
>> Moro terá o maior orçamento do ministério da Justiça na década
Humberto Martins unificou as várias representações contra o magistrado no CNJ, algumas delas formalizadas por deputados e senadores do PT. Eles alegam que Moro atuou, "mais uma vez, com parcialidade e sem a observância da legalidade" ao divulgar, no transcurso da campanha presidencial, trechos de uma delação premiada feita pelo ex-ministro Antonio Palocci, de forma a prejudicar o adversário de Bolsonaro no pleito, Fernando Haddad (PT). Um estudante de Direito e a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD). Ainda segundo os parlamentares petistas, Moro violou o código de ética da magistratura ao desempenhar, mesmo indiretamente, atividades político-partidárias antes de deixar oficialmente a função de juiz. "Se na Itália o juiz da Operação Mãos Limpas tivesse aceitado ser ministro da Justiça do [ex-primeiro-ministro italiano Silvio] Berlusconi, iriam todos para a cadeia. Esse episódio é de uma gravidade que expõe o Poder Judiciário na sua totalidade", argumenta o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS). "[A decisão de ser ministro] descortina o conjunto de relações subterrâneas que envolve o esquema da Lava Jato com um esquema de poder. Não é à toa que a imprensa especula que Carlos Fernando [dos Santos Lima], um dos chefes da Procuradoria-Geral da Republica em Curitiba, fará parte da equipe do Moro", acrescenta o petista. [caption id="attachment_364665" align="alignnone" width="800"]>> Em provocação a Moro, Requião apresenta projeto de lei "Onyx Lorenzoni"
O desembargador diz que a unificação das representações representará economia processual. "Já tramita nesta Corregedoria Nacional de Justiça pedido de providências instaurados para apurar fatos análogos ao que são objeto das reclamações, de modo que, visando a evitar a repetição de atos processuais, causando demora indevida na tramitação e desperdício de recursos humanos e materiais, devem os presentes feitos serem sobrestados e apensados para julgamento conjunto", explica Humberto Martins. Respeitosa divergência A partir da decisão do CNJ, que conta a partir desta sexta-feira (9), o juiz terá prazo de 15 dias para prestar esclarecimentos. Moro, que está de férias alegadamente legais, só pode assumir o posto de ministro depois de ser exonerado dos quadros da magistratura. O PT pede liminar para impedir a posse de Moro, mas essa decisão só pode ser tomada depois que o juiz apresentar suas explicações. Ele nega ter agido politicamente durante mais de 20 anos como juiz e chegou a dizer, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo em novembro de 2016, que jamais entraria para a política. Na última segunda-feira (5), Moro afirmou que exerceria uma missão técnica e voltou a recusar a versão de ingresso no mundo político. "Eu, aqui, faço uma respeitosa divergência. Não me vejo ingressando na política, ainda como um político verdadeiro. Para mim, é um ingresso em um cargo que é predominantemente técnico", discursou Moro em uma palestra na capital paranaense, em evento sobre o mercado de construções sustentáveis.>> Moro será superministro da Justiça e promete "agenda anticorrupção", mas não escapa de críticas
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