Deputado tem 32 anos e se diz a favor de reformas e preceitos como livre iniciativa e Estado mínimo[fotografo]Reprodução[/fotografo]
Deputado mais votado do Rio Grande do Sul em outubro passado, o cientista político gaúcho
Marcel van Hattem foi o escolhido do
partido Novo para liderar a bancada de oito deputados na Câmara. É a primeira vez que o partido terá uma bancada com número suficiente para constituir liderança partidária no Congresso.
A escolha foi por unanimidade entre oito deputados eleitos pelo Novo. Em sua linha programática, o partido promete atuação norteada pela pauta de reformas como a da Previdência, pela defesa das liberdades individuais e pelo combate a privilégios e mordomias.
Serão dois os vice-líderes do partido: Paulo Ganime, do Rio de Janeiro, e Tiago Mitraud, de Minas Gerais. Os demais deputados -
Adriana Ventura (SP), Alexis Fontayne (SP),
Gilson Marques (SC) e Lucas Gonzalez (MG) e Vinicius Poit (SP) - serão distribuídos por comissões temáticas permanentes e especiais da Câmara.
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
Depois dos áudios de Joesley Batista, deputado diz que se arrependeu de ter posado ao lado de Temer em 12 de maio de 2016, quando o emedebista substituiu Dilma no Palácio do Planalto - Foto: Anderson Riedel / PR[/caption]
Marcel tem 32 anos e já foi vereador em Dois Irmãos, município gaúcho com pouco mais de 30 mil habitantes e sua cidade natal. Também já exerceu mandato de deputado estadual. Em outubro, recebeu 349 mil votos,
Ele se diz preparado para defender princípios e valores do partido, como livre iniciativa, economia de mercado e combate a privilégios e burocracia. "Nossa primeira medida será reduzir pela metade o uso do cotão, contratar assessores técnicos por meio de processo seletivo e abrir mão de mordomias e privilégios, como apartamento funcional e auxílio-moradia", afirma o deputado eleito, que também é jornalista e consultor de relações internacionais.
"Nossa bancada também irá defender as privatizações, a redução da máquina pública, a desburocratização e as reformas, especialmente a da Previdência, essencial para o reequilíbrio das contas públicas", acrescentou.
Representação
O partido anuncia postura independente em relação ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Em texto distribuído à imprensa, diz que apoiará propostas alinhadas ao seu estatuto, "as criticará propostas que considera inadequadas para as liberdades e o crescimento econômico".
O partido foi fundado em 2015 disputou sua primeira eleição nacional em 2018. Conseguiu superar a cláusula de barreira, critério de corte baseado em número de eleito, e assegurou benefícios partidários como fundo de financiamento, horário gratuito em rádio e TV e estrutura congressual.
Além dos oito deputados federais, o partido elegeu 11 estaduais e uma distrital. A principal vitória da legenda foi a eleição de Romeu Zema como governador de Minas Gerais, desbancando o experiente senador Antonio Anastasia (PSDB). Já o candidato a presidente,
João Amoêdo, alcançou 2,7 milhões de votos e terminou a corrida presidencial em quinto lugar, superando nomes como Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB).
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