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Congresso em Foco
23/02/2019 | Atualizado às 10h36
>> Ministério Público cobra R$ 11,5 milhões de Aécio por 1,3 mil voos
"No presente caso, das provas juntadas aos autos, extrai-se que o réu, sr. Aécio Neves da Cunha, se utilizou da máquina pública, quando na função de governador de estado, para fins escusos, realizando mais de 1.000 viagens em aeronaves oficiais sem justificar a finalidade. Dessa forma, o requerido ignorou o princípio da publicidade e da probidade da administração pública, utilizando-se de dinheiro público em benefício próprio", diz o juiz em sua decisão. Rogério Santos alega que "salta aos olhos" o número de viagens realizadas por Aécio à cidade de Cláudio, "que é de conhecimento geral ter o ex-governador ligação extraoficial com a cidade". "Ora, não me parece razoável que 116 viagens para uma cidade do porte da cidade de Cláudio, para um governador de estado, seria justificável e atenderia à supremacia do interesse público, princípio basilar da administração pública.">> Polícia Federal faz buscas em imóveis da família de Aécio Neves
Aeroporto em Cláudio Município localizado a 150 km de Belo Horizonte, Cláudio é um dos redutos da família de Aécio e onde o governo de Minas gastou quase R$ 14 milhões para construir um aeroporto dentro de uma fazenda do tio do ex-governador, como revelou a própria Folha em 2014. Na ação, o Ministério Público questiona 116 voos ao município e outros 124 ao Rio de Janeiro. Os voos feitos por ele, segundo o Ministério Público, não têm amparo legal no decreto que ele mesmo assinou, em 2005, instituindo regras sobre o uso das aeronaves oficiais.>> "Não me constrange", diz Aécio sobre aeroporto em Minas Gerais
Em nota à Folha, a defesa de Aécio contesta a acusação. "A defesa vai recorrer, demonstrando, mais uma vez, que todos os voos realizados no período de seus quase oito anos de mandato como governador estão respaldados em decreto do Gabinete Militar. O decreto em vigor até hoje regula a utilização de aeronaves do governo em eventos oficiais, ou em outros deslocamentos, por razões de segurança, e foi considerado regular pelo Conselho Superior do MP", alega a assessoria do deputado. Aécio está de volta à Câmara após dois mandatos de governador e um de senador. No ano passado desistiu de disputar a reeleição após ser chamuscado por acusações de corrupção levantadas pela Operação Lava Jato. Foi apenas o 19º mais votado, com 106 mil votos, votação considerada pífia para quem recebeu 51 milhões de votos (48,36%) no segundo turno da eleição presidencial de 2014, quando perdeu para Dilma Rousseff (PT).>> Aécio recebeu R$ 110 milhões em propina e comprou 12 partidos em 2014, diz delação da JBS
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