Em entrevista a Leda Nagle, Eduardo Bolsonaro disse que pode haver plebiscito sobre novo AI-% se esquerda radicalizar [fotografo] Marcelo Camargo[/fotografo]
Indicado para a embaixada brasileira nos Estados Unidos, o deputado federal
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu neste domingo (10) a criação de leis mais severas para a migração e o combate ao terrorismo no Brasil, assim como acontece no território norte-americano. "País sério tem fronteiras seguras", afirmou.
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"Uma efetiva lei anti-terror que puna atos preparatórios - assim como ocorre com simples crime de falsificação de moeda - e uma lei migratória que dê autoridade aos agentes da lei são essenciais na construção de um país seguro", escreveu
Eduardo Bolsonaro no Twitter. Ele argumentou ainda que "às vezes, tem-se a errada impressão que terrorismo é apenas quando ocorre algum ataque".
"Brasil tem que abrir seus olhos para grupos que lavem dinheiro aqui, que tenham livre trânsito, fáceis maneiras de conseguir passaporte brasileiro e etc", acrescentou o deputado, que, assim, reforça o alinhamento à política norte-americana.
O filho do
presidente Jair Bolsonaro já recebeu o
aval do governo de Donald Trump para assumir a embaixada em Washington. Agora, aguarda a indicação oficial do chefe do Executivo para ter o nome avaliado no
Senado.
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Portaria
O governo federal tentou, há poucos dias, reforçar o controle sobre a entrada de estrangeiros no Brasil através da
portaria nº 666, assinada pelo ministro da Justiça e Segurana Pública,
Sergio Moro. A portaria, contudo, foi questionada pela sociedade civil e por parlamentares porque prevê a deportação sumária de estrangeiros e pode atingir o jornalista
Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept, que tem divulgado mensagens atribuídas a Moro e aos procuradores da Força-Tarefa da Lava Jato.
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