Governador do Rio de Janeiro desiste de modificar PEC de leilão de pré-sal para acelerar aprovação, diz presidente da CCJ da Câmara [fotografo] Reprodução / Instagram / Felipe Francischini [/fotografo]
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), disse que apoia a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da cessão onerosa do modo como ela foi aprovada pelo
Senado.
Witzel almoçou nessa segunda-feira (23) com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara,
Felipe Francischini (PSL-PR).
"Ele quer a aprovação. Sabe que, se alterar o texto, não dará tempo", disse o deputado paranaense ao
Congresso em Foco.
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Antes de ser votada no Plenário da Câmara, a proposta precisa ser analisada pela CCJ, presidida por Francischini.
Ainda ontem o deputado do PSL se reuniu com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que prometeu o leilão dos excedentes do pré-sal para o dia 6 de novembro.
A intenção do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é votar a PEC antes dessa data.
A bancada do Rio de Janeiro no Congresso Nacional ficou insatisfeita com o relatório do senador
Cid Gomes (PDT-CE) que regulamenta a divisão dos recursos do pré-sal para estados.
O pedetista adotou em seu parecer como critério de divisão os repasses dos fundos de participação de estados (FPE) e municípios (FPM). Essa metodologia privilegia os estados do Norte e Nordeste.
O argumento usado pelo senador é que a região Sul e Sudeste já está contemplada em outro ponto do pacto federativo, que pode extinguir ou mudar a Lei Kandir, que revogou impostos estaduais e fez estados produtores perder receitas.
Para conter insatisfação e aprovar a matéria no Senado, foi costurado um
acordo por Maia e pelo senador
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) com o relator
Cid Gomes. A mudança prevê que a União abrirá mão de 3% da verba a que teria direito para compensar estados produtores, como Rio de Janeiro e Espírito Santo.
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