Caso se eleja senador, como indicam as pesquisas, Márcio França desponta como principal líder do PSB. Foto: Governo de São Paulo
Como mais uma etapa da formação nacional da "
frente progressista", o PDT e o PSB irão oficializar a chapa para a disputa da prefeitura de São Paulo. O evento que formaliza a aliança acontece na quinta-feira (12) e deve contar com a presença do ex-presidenciável
Ciro Gomes (PDT-CE). A informação sobre a composição da frente foi adiantada pelo
Congresso em Foco Premium.
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O candidato da chapa será
Márcio França (PSB), ex-governador do estado. O acordo entre as legendas deve ter desdobramentos também na capital carioca, onde a hoje deputada estadual
Marta Rocha (PDT) será a cabeça de chapa.
Também
como adiantou o Congresso em Foco, essa frente conta com, além dos dois partidos, a Rede Sustentabilidade e o PV. O principal foco da frente é fugir da polarização entre o bolsonarismo com o lulismo.
Mas o acordo nacional tende a variar conforme a realidade regional. Na capital paulista, por exemplo, a Rede está avaliando a construção de uma candidatura própria para ser apresentada como alternativa na capital paulista.
No Rio, a chapa progressista encarará a concorrência na esquerda com a chapa do Psol, PT e PCdoB, com
Marcelo Freixo (Psol) como candidato. Porém, na capital carioca deve acontecer uma das poucas exceções e o PV tende a apoiar a chapa com o partido dos trabalhadores.
Essa frente progressista tem incomodado parlamentares petistas. "Se acontecer, eles não vão conseguir eleger ninguém", disse uma fonte do PT para a reportagem.
Com certa frequência tem havido reuniões entre
Pedro Ivo (Rede),
Carlos Lupi (PDT),
Carlos Siqueira (PSB) e
José Luiz Pena (PV) - todos presidentes de seus partidos -, para afinar a formação das chapas municipais. A informação foi checada pelo
Congresso em Foco com seis fontes que estão participando direta ou indiretamente das negociações.
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O PT tem tentado diálogo com os partidos e se mostra aberto a negociar para fazer parte dessa frente, porém, as agremiações não querem se unir com a sigla de Lula.
A orientação do comando nacional do partido dos trabalhadores é ter o maior número possível de candidaturas próprias.
"Vamos fazer um esforço grande para ter candidatos no maior número possível de municípios no Brasil, achamos isso importante, o PT é um partido grande, que tem referência e responsabilidade e é um momento também do partido conversar com a população, falar de seu legado, se defender de todos os ataques, mostrar o que está acontecendo no Brasil", disse a presidente nacional do PT,
Gleisi Hoffmann, em
entrevista dada em janeiro ao Congresso em Foco.
No entanto, há cidades onde o PT caminha para apoiar legendas aliadas como Rio de Janeiro (RJ), com Marcelo Freixo (Psol), Porto Alegre (RS), com Manuela Dávila (PCdoB), Belém (PA), com Edmilson Rodrigues (Psol), e Florianópolis (SC), com professor Elson (Psol).
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