Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
28/4/2020 18:29
O deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ) também protocolou uma ação popular para impedir a nomeação de Ramagem. A ação foi protocolada na 13ª vara da Justiça Federal de Brasília. O Psol afirma que há desvio de finalidade na nomeação do amigo da família de Bolsonaro.
Cristiano Vilela, advogado que assina a ação de Tabata Amaral, lembra que Ramagem chegou à diretoria da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) dada sua proximidade com os filhos de Bolsonaro. "Durante ato público de sabatina, um dos filhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, informou que o nomeado 'goza da total confiança', e que 'sua competência não é questionada em momento nenhum'".
O advogado reforça que no dia em que Sergio Moro deixou o Ministério da Justiça, tanto em seu pronunciamento quanto no do presidente Jair Bolsonaro, ficou evidenciado que o presidente quer ter acesso a informações sobre investigações da PF. "O ato de nomeação apresenta inequívoco desvio de finalidade, vez que não atentou aos princípios da moralidade e da impessoalidade, recaindo em arbitrariedade por impor seus interesses particulares sobre o público, o que não se amolda a uma escolha legal, isenta e discricionária nos termos da lei, mas que salta à inevitável ilegalidade", afirma Vilela.
Na ação, a deputada Tabata Amaral pede também que a nomeação de Alexandre Ramagem seja suspensa em caráter liminar, até o julgamento final da ação. O mesmo foi pedido por Freixo na ação impetrada na 13ª vara.
Para a Rede, a nomeação de Ramagem viola "diretamente preceitos fundamentais da Constituição, como os princípios da impessoalidade e da moralidade".
Para Randolfe Rodrigues, líder da Rede Sustentabilidade no Senado Federal, "a nomeação de Ramagem, apesar de preencher os requisitos estritamente legais, revela-se única e exclusivamente como uma tentativa de Bolsonaro controlar e abafar investigações da Instituição que envolvem seus familiares e conhecidos".
Ainda de acordo com o senador, "não pode a competência legal de nomeação e exoneração ser confundida com carta branca para fazê-las em total descumprimento com princípios fundamentais para a administração pública: impessoalidade e moralidade. E fica claro que essa é a intenção do presidente: blindar investigados que fazem parte de seu círculo".
> Cadastre-se e acesse de graça por 30 dias o melhor conteúdo político premium do país
Tags
SEGURANÇA PÚBLICA
Senado votará PEC que inclui guardas municipais na Constituição
FORÇAS ARMADAS
Saiba como vão ficar os salários dos militares após reajuste
DIPLOMA BERTHA LUTZ
Senado premia Fernanda Montenegro, Fernanda Torres e mais 17 mulheres