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Ministério Público Federal (MPF) afirmou nesta quarta-feira (29) que as informações prestadas pelo procurador-geral da República,
Augusto Aras, na noite de terça-feira (28) em videoconferência do grupo de juristas "Prerrogativas" são objeto de investigação que corre em sigilo na Corregedoria MPF.
A nota divulgada pelo MPF classifica como "genérica" as informações dadas por Aras. E diz ainda que o compartilhamento de dados da Lava Jato com instâncias superiores da instituição foi solicitado oficialmente e "correu nos trâmites normais".
"As dificuldades encontradas pela administração superior para acessar informações que poderiam subsidiar investigações relevantes em andamento em outras unidades causou estranheza. A apuração dos fatos jogará luz e dará transparência aos procedimentos internos do Ministério Público Federal", conclui o MPF.
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Em uma live realizada pelo grupo de advogados Prerrogativas nesta terça-feira (28), Aras apontou que existe um "MPF do B" e argumentou que 50 mil documentos estão "invisíveis à corregedoria-geral" do Ministério Público. O PGR não disse quem oculta essas informações. Aras também criticou a Operação Lava Jato e disse que "agora é a hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure". Sobre a força-tarefa em Curitiba, Aras disse que "não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos, com caixas de segredos" para "chantagem e extorsão".
A força-tarefa emitiu uma nota nesta quarta-feira (29) onde chamou de "infundada" a fala de Aras e disse que o grupo de advogados responsável pela live patrocina "a defesa de influentes políticos e empresários investigados ou condenados na operação Lava Jato".
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