"Bolsonaro é responsável por mais da metade das pessoas que morreram neste país", diz Lula
O ex-presidente Lula culpou o presidente Jair Bolsonaro por metade das mortes por Covid-19, em decorrência da pandemia, no Brasil.
Congresso em Foco
26/01/2022 | Atualizado às 12h39
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No entanto, Lula considerou que aguarda o anúncio oficial de que Kalil será, de fato, candidato ao governo para iniciar uma conversa. Foto: Reprodução/TVT
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) culpou o presidente Jair Bolsonaro por metade das mortes por Covid-19, em decorrência da pandemia, no Brasil. A declaração foi dada na manhã desta quarta-feira (26), em uma entrevista à rádio CBN Vale.
"Eu estou convencido de que o Bolsonaro é responsável por mais da metade das pessoas que morreram neste país. Eles [governo federal] ainda continuam receitando remédio que não vale nada para enfrentar a covid-19. Ele ainda continua negando a vacina", disse o petista.
Hoje, o país possui 624 mil mortes causadas pela pandemia - para Lula, 312 mil seriam de responsabilidade de Bolsonaro.
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Durante as altas ondas transmissões do novo coronavirus, o presidente foi um defensor do uso de medicamentos do kit-covid como um suposto "tratamento precoce". O kit é composto por um grupo de medicamentos que reúnem, em sua maioria: cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina. No entanto, nenhuma das drogas é eficaz contra a covid-19.
Lula também disparou críticas sobre a "não recomendação" do presidente à vacinação de crianças contra covid.
"Esses dias ele teve o pudor de dizer que as trezentas crianças que morreram [pela falta da vacina] é pouca coisa, que não é nada. Esse cara não tem sentimento? Esse cara não tem filho? Esse cara não tem coração? Esse cara não pensa nos outros? Esse cara não é humano? Porque é um descalabro", alegou.
Antes da liberação do imunizante ao público alvo, Bolsonaro disse que não vai vacinar sua filha Laura, de 11 anos, e acusou os técnicos da Anvisa de terem algum interesse na liberação da vacina. O presidente também cogitou a possibilidade de exigir prescrição médica para a imunização. A decisão não foi acatada pelo Ministério da Saúde.
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