A aeronave PS-SFC da Itapemirim, na pista do Aeroporto de Brasília, antes de decolar para Tucson, nos Estados Unidos. Foto: Gabriel Melo/ cortesia Aeroflap
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) recebeu nesta quinta-feira (17) o pedido de baixa no registro de três das aeronaves alugadas pela Itapemirim Transportes Aéreos (
ITA) que faziam parte da frota da empresa. Os veículos se encontram há pouco menos de um mês nos Estados Unidos, e retornam ao controle de seus proprietários. O Grupo Itapemirim conta agora com apenas duas aeronaves no Brasil. A informação foi revelada pelo portal Aeroin.
Inicialmente, a Itapemirim alegava que o transporte de aeronaves para os Estados Unidos seria para realizar manutenção. A decisão, porém, se deu pouco menos de uma semana após a justiça proibir a empresa de vender passagens aéreas. Documentos da Anac obtidos pelo
Congresso em Foco já demonstram que o armazenamento nos EUA era desde o início o motivo do envio das aeronaves, e se deu após atrasos da companhia no pagamento do serviço de aluguel.
Os pedidos encaminhados à Anac são referentes às aeronaves PS-SPJ, PS-TCS e PS-MGF, do UMB Bank. Também já foram devolvidas aos Estados Unidos as aeronaves PS-ITA e PS-SFC. Somente duas aeronaves permanecem no Brasil: a A319 PS-SIL, que se encontra passando por preparativos para ser devolvida ao proprietário em Malta, e a PS-AAF, que foi canibalizada.
Conforme antecipado pelo
Congresso em Foco em 30 de dezembro de 2021, logo após a Itapemirim ter suspenso seus voos, fontes do mercado de aviação civil confirmaram que empresas de leasing proprietárias das aeronaves usadas pela aérea teriam solicitado a devolução das mesmas. A ITA negou que essa fosse a razão para o envio dos aviões para os aeroportos de Tucson e Blytheville.