Após ter sua candidatura a presidente negada, Pablo Marçal se candidatou a deputado federal, pleito agora reconhecido pelo TRE-SP. Foto: Divulgação/Pros
O coach e influenciador Pablo Marçal (Pros) segue como candidato à Presidência da República após uma reviravolta judicial. Uma decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (
STJ), Antonio Carlos Ferreira, na noite dessa quarta-feira (3), afastou Eurípedes Júnior da presidência do partido. Fundador da legenda, foi Eurípedes que costurou o acordo do partido apoiar a candidatura do ex-presidente
Lula (PT).
Eurípedes havia retomado o controle do partido no último domingo (31), após uma decisão do vice-presidente do STJ, ministro Jorge Mussi. No entanto, na decisão proferida ontem, o ministro Antonio Ferreira apontou que o tribunal não teria competência para julgar a apresentados pela defesa de Eurípedes. "Por todo o exposto, reconheço a incompetência do STJ para o exame do pedido, razão pela qual reconsidero a decisão anterior, rogando a máxima vênia ao seu prolator, restabelecendo os efeitos do acórdão proferido pelo TJDFT", disse o ministro em trecho da decisão.
Aliado de Lula, Eurípedes trava uma batalha judicial pelo comando do partido contra Marcus Holanda, presidente do partido quando Marçal foi escolhido como candidato. O racha interno na legenda começou no final de 2019 e se desdobra desde então.
Em nota enviada à imprensa, Marcus Holanda comemorou a decisão e afirmou sempre confiar na "assertividade e retidão da justiça brasileira". "Agora podemos continuar o nosso projeto de fazer uma sociedade melhor, digna e justa. Vamos continuar o nosso planejamento de recriar o partido com seriedade e transparência dando oportunidade para mais de 1500 candidatos em todos os cargos inclusive o de presidência da República com Pablo Marçal", afirmou.
Aliado do PT nas eleições de 2018 e 2014, esta é a primeira vez que o Pros lança um candidato próprio à Presidência e a primeira vez que Pablo Marçal concorre a um cargo público. Apesar de
ter anunciado que iria renunciar nessa quarta-feira (3), Marçal afirmou que se tratava de uma renúncia "ao tempo de qualidade com a minha família, a minha liberdade e todas as coisas como homem privado para servir a nação".
Em nota enviada a imprensa, Marçal afirmou que "Lula queria roubar a nossa candidatura, mas a Justiça não permitiu". Além do coach manter seu nome como candidato ao Planalto ele passou a fazer ataques e críticas mais incisivas ao ex-presidente Lula nas redes sociais.
"Só existe uma possibilidade de eu apoiar o Lula: depois que ele devolver, pelo menos, 1 trilhão que o grupo quadrilheiro dele furtou desse país e abandonar aquele partido dos (pseudos) trabalhadores e arrumar um serviço", escreveu no Twitter. "Posso até assinar a carteira dele", ironizou Marçal.
Em pesquisa Genial/Quaest
divulgada nessa quarta-feira (3), Pablo Marçal registrou 1% das intenções de voto.