Destino eleitoral de Bolsonaro será decidido pelo TSE nesta sexta-feira (30). Foto: PL
Poucas horas depois de o
ex-presidente da República Jair Bolsonaro desembarcar no Brasil, os representantes dos partidos de oposição começaram uma sessão de empurra-empurra para ver quem conseguirá levar Bolsonaro para seus eventos. Para além de agendas do PL, partido ao qual Bolsonaro está filiado, o Republicanos e até mesmo o PP, cujo presidente nacional da legenda, senador
Ciro Nogueira (PI), é um dos seus principais apoiadores, disputam o protagonismo do ex-presidente.
Bolsonaro chegou ao Brasil nesta quinta-feira (30) após passar três meses nos Estados Unidos. Um pequeno grupo de pessoas aguardava o ex-presidente no saguão do aeroporto, mas não conseguiu vê-lo. Bolsonaro saiu pelos fundos, sem qualquer contato com o público e foi direto para a
sede do Partido Liberal (PL), onde participou de um evento fechado com parlamentares, que se apertavam na sala não muito espaçosa para fazer registros perto do ex-presidente.
"O PL é o partido dele, mas o Bolsonaro é de todos nós, partidos da oposição. O Bolsonaro não é do PL", defendeu ao
Congresso em Foco a senadora
Damares Alves (Republicanos-DF).
"Nosso capitão"
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Ciro Nogueira, o governo federal espera pagar o Auxílio Brasil com o novo valor de R$ 600 já a partir do dia 9 de agosto. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil" width="300" height="225" />
Ciro Nogueira festejou nas redes a volta de Bolsonaro: "Nosso capitão voltou". Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil[/caption]
Presidente do Republicanos Mulher, Damares quer organizar uma série de atividades com a participação do ex-presidente junto aos diretórios estaduais do partido, além de fazer com que Bolsonaro visite igrejas. O meio evangélico foi um dos principais apoiadores da candidatura de Bolsonaro à Presidência da República.
"Não vejo ele sentado, dentro de uma sala do PL. Vejo Bolsonaro andando pelo país. Ser líder da oposição é estar com seu povo", defende Damares.
"O nosso capitão voltou", disse em vídeo o senador
Ciro Nogueira, enquanto se apertava para chegar perto de Bolsonaro.
Desde que Bolsonaro deixou o governo, o PL trabalha para que o ex-presidente se transforme no principal nome de oposição ao governo Lula. Para tanto, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto
, viabilizou salário e até mesmo teto. Segundo comunicado emitido pelo PL, Bolsonaro assumirá na próxima semana o cargo de presidente de honra do partido. Pela função ele receberá salário de R$ 41,6 mil, o mesmo que um ministro do Supremo Tribunal Federal, teto do funcionalismo público. O mesmo valor será pago pela legenda a Michelle Bolsonaro, que comandará o PL Mulher.
O ex-presidente acumula ainda duas aposentadorias: uma no valor de R$ 11,9 mil como militar da reserva e outra de R$ 35,2 mil como ex-deputado. O casal vai morar numa casa no condomínio Solar de Brasília, de classe média alta, em Brasília. O aluguel, no valor de R$ 12 mil, será pago pelo Partido Liberal.