Oposição ganha reforço na CPMI dos Atos Golpistas. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Após as confirmações das indicações dos senadores
Damares Alves (Republicanos-DF) e Esperidião Amin (PP-SC) por parte do bloco Aliança, mais quatro nomes da oposição foram anunciados pelo bloco Vanguarda como titulares para compor a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas. São eles:
Eduardo Girão (Novo-CE) e
Magno Malta (PL-ES), conforme informação do próprio Girão. Os suplentes indicados são
Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e
Jorge Seif (PL-SC).
As indicações ainda precisam ser referendadas pela Mesa Diretora do Senado. Aliança e Vanguarda têm, ao todo, quatro vagas na CPMI que conta com 32 cadeiras. No dia 3 de maio, o senador
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse ter confiança que o governo teria até 12 aliados no Senado como membros da CPMI.
Ainda em fase de elaboração, com 29 membros, o bloco Parlamentar Democracia (União Brasil-MDB-Podemos-PDT-PSDB) sonda três nomes principais para compor a CPMI:
Sergio Moro (União-PR),
Davi Alcolumbre (União-AP) e
Soraya Thronicke (União-MS). O bloco tem direito a duas cadeiras. Já o senador
Eduardo Braga (MDB-AM) foi sondado como relator da CPMI há cerca de duas semanas, mas demonstra resistência em assumir o cargo. O nome mais cotado para a presidência ainda é o deputado
Arthur Maia (União-BA).
A disputa pela maioria e pelos cargos de presidência e relatoria penderam a favor do governo, que se articulou para ter maior controle da Comissão Mista e evitar desgaste por parte da oposição. O presidente do Congresso,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não estipulou prazo para que as lideranças indiquem seus representantes, mas caberá a ele definir os escolhidos caso os nomes não sejam apresentados
até o início dos trabalhos da CPI mista.
Damares Alves é ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (2019-2022), cargo que exerceu durante o mandato de Jair Bolsonaro. Ambos do PL, Flávio Bolsonaro é filho do ex-presidente e Magno Malta, um aliado antigo de Bolsonaro.
Esperidião Amin demonstrou apoio ao ex-presidente nas eleições do ano passado. Girão é defensor e apoiador do último do governo.
A CPMI dos Atos Golpistas tem como objetivo encontrar os financiadores da tentativa de golpe realizada na Praça dos Três Poderes e apontar os principais articuladores das ações que destruíram patrimônio público.