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povos indígenas
Congresso em Foco
23/09/2023 | Atualizado às 08h37
Processos de colonizaçãoApenas dois ministros votaram de forma favorável ao marco temporal: Nunes Marques e André Mendonça. Entre os de posição contrária, porém, Alexandre de Moraes apresentou uma proposta alternativa, em que o marco temporal é negado, mas os proprietários afetados pelas demarcações seriam ressarcidos pela União graças à perda da terra. O tribunal ainda deve discutir é se haverá algum tipo de compensação a pessoas que ocuparam de boa-fé terras reivindicadas por indígenas. Segundo a parlamentar, a decisão não é favorável apenas de um ponto de vista cultural e ancestral, mas também conquista de repercussão econômica e de impacto global. "Porque nós entendemos que estamos em um momento de transição econômica, transição energética e transição humanitária, mas ainda vimos também ministro votando ainda de maneira racista, não reconhecendo os processos de colonização." O processo decide se o critério de demarcação de terras indígenas deve ser a tese do indigenato, ou seja, com base nas necessidades e tradições de cada povo; ou a tese do marco temporal, que estabelece como legítimas apenas as terras ocupadas pelos povos originários em outubro de 1988, quando foi promulgada a Constituição. A segunda tese invalidaria as demarcações em processo de homologação, o que corresponde a 63% das terras indígenas.
Cabrais do Século 21Célia afirma que a ONU já reconhece que a demarcação dos territórios indígenas é a solução número um pra barrar a crise climática. A deputada chamou atenção para as notícias que divulgaram que esta seria uma das semanas com temperaturas recordes e que somos a última geração com capacidade de reverter o quadro de aquecimento e crise climática. A deputada também qualificou o julgamento com uma espécie de fronteira final para impedir o avanço indiscriminado do agronegócio e da mineração. "Tenho chamado alguns do Congresso Nacional e do STF de Cabrais do Século 21 porque mudaram a roupagem, mas não a intenção de arrancar e matar nossos direitos."
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