Carne
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A inflação em 2019 bateu 4,31% e um dos produtos que mais impactaram nisso foi a carne. O alimento teve alta de 32,40% no ano passado, representando 0,86 pontos percentuais no indicador geral. O grupo ao qual ele pertence, de "alimentação e bebidas", apresentou alta de 6,37% no ano, o que gerou impacto de 1,57 ponto percentual no total.
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O setor de "transportes" também teve uma alta significativa, chegando a 3,57%. Acima esteve a "saúde e cuidados pessoais" com 4,41%.
"Quero deixar bem claro que esse negócio da carne é a lei da oferta e da procura. Não posso tabelar, inventar. Isso não vai dar certo", disse Bolsonaro em novembro. O presidente também havia afirmado que o preço iria baixar. Na época o aumento ainda estava em 22,9%.
No final de dezembro,
Bolsonaro defendeu que a produção
pecuária deveria ser permitida em terras indígenas para diminuir o valor da carne. "O preço da carne subiu. Nós temos de criar mais bois aqui, para diminuir o preço da carne e eles podem criar boi".
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O presidente afirmou que pretende regulamentar a agricultura e pecuária comerciais em terras indígenas, no projeto que libera a atividade de mineração nessas localidades. O envio do projeto que trata do assunto ao legislativo ficou para este ano.
Segundo o relatório da Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o número de invasões a terras indígenas vem crescendo nos últimos anos, em 2018 o número de invasões foi 111 e em 2019 subiu para 160 casos.
O presidente afirma que determinou que carne só seja servida duas vezes por semana no Palácio do Alvorada, residência oficial da presidência da República, devido ao aumento do produto. "'Ah o presidente tem mordomia, tem carne de graça'. Tenho carne de graça, não tenho dúvida disso, sem problema nenhum. Mas determinei aqui no Alvorada, na semana passada, carne uma vez por semana. Logicamente que a minha esposa mandou passar para duas", disse.
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