Câmara dos deputados debate extinção dos terrenos de marinha, bem como leis de amparo ao setor cultural e artístico. [fotografo]Wilson Dias/ABr[/fotografo]
Após reunião entre sociedade civil, oposição e membros do Centrão, começou a ser arquitetado um plano para frear o avanço das pautas do governo. "Nós precisamos ter uma pauta que não seja uma pauta do governo, que seja uma pauta do Congresso, que envolva itens democráticos e que envolva itens de direitos, então estamos tentando construir uma pauta, começamos a construir isso hoje, que seja uma pauta que não seja uma pauta da
reforma administrativa, que não seja a
carteira verde e amarela", disse a líder da minoria,
Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Para a deputada, é possível essa união de "algumas legendas do centro". "Eu comecei [a conversar] com
Arthur Lira (PP-AL), que é o líder do maior bloco da Casa, mas comecei também com o líder do PSB, que é um outra grande bancada. A ideia nossa é construir uma pauta que nos possibilite responder a sociedade ao invés de fortalecer a pauta do governo", disse Feghali.
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O bloco liderado por Arthur, reúne sozinho 14 partidos e 351 parlamentares. Somente esse bloco já totaliza 68% da Câmara. Compõe o bloco o PSL, MDB, PSDB, DEM, PL, PP, PSD, PTB, Republicanos, Solidariedade, Patriota , PROS, PSC e Avante.
A oposição conta com o PT, PSB, Psol, PCdoB, PDT, PCdoB e Rede, que totalizam 130 deputados. Ou seja, em caso de sair realmente esse grande acordo, a Câmara contaria com um blocão de 481 parlamentares.
"No trato congressual as coisas tem que caminhar em acordos, transparentes e institucionais", afirmou um dos líderes que deve compor este bloco.
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