Entre 1987 e 1990, cerca de mil Yanomami morreram em consequência de epidemias trazidas por uma corrida do ouro que tomou conta do território Yanomami.
Em 1977, após contato com a Funai, a população Arawaté foi reduzida quase pela metade pelas epidemias, indo de 200 para 120 pessoas. De várias aldeias na margem direita do Xingu, só sobrou uma.
Durante a construção da Perimetral Norte, entre 1974 e 1975, doenças infecciosas mataram 22% da população de quatro aldeias no caminho das obras (Ramos 1979). Dois anos depois, uma epidemia de sarampo matou metade da população de outras quatro comunidades. No rio Apiaú, leste do território Yanomami, estima-se que cerca de 100 índios teriam morrido na década de 1970, restando apenas 30 sobreviventes.
Os Aikewara tiveram contato definitivo com os brancos em 1960. Nesse período, uma epidemia de gripe matou dois terços de sua população, reduzindo-a de 126 para 40 pessoas. Em 1962, uma epidemia de varíola matou mais seis pessoas.
Dados o ISA mostram que até o momento 42 indígenas já foram infectados com a covid-19.
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Congresso Nacional
A primeira deputada indígena do país, Joenia Wapichana (Rede-RR), apresentou, com o apoio de outros congressistas, um projeto de lei (PL) para alterar a Lei nº 8.080 de setembro de 1990, que define mecanismo de financiamento específico, fortalecimento da rede do Sistema Único da Saúde (SUS) e medidas emergenciais para o enfrentamento de pandemias e calamidades em saúde pública junto aos povos indígenas no Brasil. A alteração prevê que em situações emergenciais e de calamidade pública, fica o governo obrigado a garantir a inclusão dos povos indígenas nos planos emergenciais para atendimentos dos pacientes graves. A bancada do Psol na Câmara enviou requerimentos de informação para os Ministérios da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e para a Fundação Cultural Palmares sobre o planejamento do governo Bolsonaro para a destinação de R$ 4.7 bilhões, do Plano de Contingência para Pessoas Vulneráveis, para a proteção e cuidados com os povos e comunidades tradicionais (PCTs), durante a pandemia do coronavírus. Entre os PCTs do Brasil, estão os povos indígenas, os quilombolas, as comunidades tradicionais de matriz africana ou de terreiro, os ciganos, os circenses, os extrativistas, os ribeirinhos e os pescadores artesanais. Além do Congresso, a 6ª Câmara do Ministério Público Federal, através do sub-procurador Antonio Carlos Alpino Bigonha, orientou ao governo federal a abstenção de promover ações ou atividades terrestres, fluviais ou em aéreas nas imediações dos povos isolado. De igual maneira, pediu pela implementação de um plano de contingência para surtos e epidemias e ativação de uma Sala de Situação para subsidiar a tomada de decisões. > Cadastre-se e acesse de graça, por 30 dias, o melhor conteúdo político premium do país