Presidente Jair Bolsonaro [fotografo] Marcello Casal Jr./ Agência Brasil. [/fotografo]
O presidente
Jair Bolsonaro recuperou espaço nas redes sociais nos últimos dias e alcançou seu melhor desempenho desde o início da crise provocada pela
covid-19. Levantamento feito pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela que o campo bolsonarista cresce de forma contínua desde a última sexta-feira (17), um dia após a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A participação desse segmento no debate do Twitter, que chegou a cair a 6,5% em meados de março, subiu para 21%.
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O avanço do grupo do presidente é acompanhado pelo encolhimento da base de oposição, que chegou a atingir 60% do debate digital, mas registrou nessa terça-feira (21) apenas 15%.
De acordo com a
FGV DAPP, o grupo de apoio alinhado à direita nas redes sociais retomou o índice registrado antes do início da crise da
covid-19, que vinha mantendo o campo que inclui os seguidores do presidente da República isolado no debate público digital.
A recuperação do campo bolsonarista coincide com os ataques deflagrados contra o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), iniciados na sexta-feira. Na véspera, no mesmo dia em que demitiu Mandetta, Bolsonaro fez duras acusações contra Maia, inclusive de conspirar contra o seu governo e de ter interesse em tomar o seu lugar.
O deputado então virou alvo da artilharia dos apoiadores do presidente, tanto nas redes sociais quanto nas manifestações do último fim de semana, que também pediram a reabertura do comércio, o
fechamento do Congresso e a intervenção militar. Mídia, governadores e o
Supremo Tribunal Federal também foram hostilizados pelo grupo de Bolsonaro no Twitter.
O campo que reúne políticos e partidos que vão desde a esquerda tradicional até Rodrigo Maia e alguns governadores como João Doria (SP), Wilson Witzel (RJ) e Ronaldo Caiado (GO) (representados em amarelo), chegou a alcançar 60% do debate digital no dia último dia 6 e 54% no dia da
demissão de Mandetta do Ministério da Saúde.
Esse espaço caiu para apenas 15% nessa terça, cerca de um quarto do observado há duas semanas. O restante do debate é ocupado por perfis não alinhados (azul e amarelo) aos campos propriamente políticos, que discutem temas mais gerais ligados à pandemia, como medidas de prevenção e impactos econômicos da crise.
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O avanço do bolsonarismo provocou, por outro lado, um encolhimento da base de oposição ao presidente. O campo, representado em amarelo e que inclui atores e partidos que vão desde a esquerda tradicional até o presidente da Câmara Rodrigo Maia e alguns governadores como João Doria (SP), Wilson Witzel (RJ) e Ronaldo Caiado (GO), chegou a alcançar 60% do debate digital no dia 06 e 54% no dia da
demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde.
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No dia 21 de abril, esse espaço caiu para apenas 15% - cerca de um quarto do observado há duas semanas. O restante do debate é ocupado por perfis não alinhados aos campos propriamente políticos (azul e amarelo), que discutem temas mais gerais ligados à
pandemia, como medidas de prevenção e impactos econômicos da crise.
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