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Congresso em Foco
11/05/2020 | Atualizado às 20h52
Na última sexta-feira (8), o presidente do STJ, João Otávio Noronha, atendeu o pedido do Palácio do Planalto e acatou recurso apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU) para liberar o presidente de divulgar os resultados dos exames de covid-19. Além de recorrer à decisão monocrática do presidente do STJ, o jornal também acionou o STF. Com isso, a decisão vai à mais alta Corte do país e deve ter um desfecho definitivo.
O presidente tem recorrido na Justiça para que não precise mostrar os exames, que segundo ele deram negativo. O jornal O Estado de S. Paulo conseguiu na Justiça decisões favoráveis ao acesso aos laudos, mas Bolsonaro recorreu.
A Advocacia-Geral da União (AGU) afirma que não se pode afastar os direitos à intimidade e à privacidade de um ocupante de cargo público. Para a AGU, os dados e as informações dos exames não dizem respeito ao exercício da função exercida por Bolsonaro.
O jornal alega que a decisão de Noronha "interrompeu a livre circulação de ideias e versões dos fatos, bloqueou a fiscalização dos atos dos agentes públicos pela imprensa e asfixiou a liberdade informativa" do veículo.
Na reclamação, o Estadão ressalta que três decisões diferentes foram favoráveis ao pleito do jornal, assim como parecer do Ministério Público Federal. "Todos eles aquiesceram ser urgente e pertinente ao interesse público o acesso à documentação escondida pela Presidência", completa a peça.O interesse em torno do resultado dos exames do presidente aumentou depois que Bolsonaro começou a participar de aglomerações. Em entrevista à Rádio Guaíba em 30 de abril, ele disse que "talvez" tenha contraído o coronavírus. A doença já infectou 168.331 brasileiros e levou 11.519 pessoas a óbito no país.
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