Os ministros Paulo Guedes e Rogério Marinho [fotografo] José Cruz /Agência Brasil [/fotografo]
O ministro da Economia,
Paulo Guedes, decidiu retirar o ministro do Desenvolvimento Regional,
Rogerio Marinho, do posto de representante do Ministério da Economia no Conselho Fiscal de Serviço Social de Comércio (Sesc). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (17) (
íntegra).
Para exercer a função,
Rogerio Marinho recebia uma remuneração extra de até R$ 21 mil. No lugar dele foi nomeado o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos.
Rogerio Marinho entrou no governo como um dos principais auxiliares de
Paulo Guedes. Em fevereiro de 2019, quando comandava a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, foi nomeado para o posto no Sesc. Neste ano, ele foi
promovido para ministro do Desenvolvimento Regional e tem protagonizado embates com o chefe da área econômica em relação ao nível de gastos públicos.
>Guedes rebate Marinho: "se falou mal de mim, é despreparado, desleal e fura teto"
Marinho defende o
impulsionamento de obras e é um dos principais incentivadores das viagens que o presidente Jair Bolsonaro faz pelo Brasil para fazer inaugurações. Já Guedes tem receio que o foco em investimentos na infraestrutura atinja a agenda de ajuste fiscal e dê um mau sinal aos investidores, que esperam que a
regra do teto de gastos seja cumprida. O ministro da Economia já chegou a chamar Marinho de "desleal" e "fura teto".
Reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada na terça-feira (13) revelou que Marinho é um dos ministros que mais acumulavam gratificações, rompendo o teto do funcionalismo público (R$ 39,3 mil). Sem a remuneração extra de R$ 21 mil, o ministro ficará com o salário de R$ 30,9 mil.
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