O ministro do STF Kassio Nunes Marques foi indicado ao cargo por Jair Bolsonaro. Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF
Depois que o ministro
Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma decisão liminar que enfraquece a
Lei da Ficha Limpa, candidatos impedidos de assumirem cargos por condenações pela lei começaram uma corrida ao Tribunal Superior Eleitoral em busca da diplomação. O levantamento é do jornal
O Estado de S. Paulo.
Há cinco pedidos aguardando uma decisão do presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, responsável pelo exame de processos durante o recesso: de candidatos a prefeito em Pinhalzinho (SP), Pesqueira (PE), Angélica (MS) e Bom Jesus de Goiás (GO) - e um a vereador, de Belo Horizonte (MG).
A decisão proferida no sábado (19) suprimiu,
liminarmente e monocraticamente, um trecho da lei que determinava que o prazo de oito anos de inelegibilidade previsto no texto começasse a ser contado após o cumprimento da pena. Na prática, a decisão do ministro diminui o tempo que condenados pela lei ficam inelegíveis.
Ao
Congresso em Foco, o juiz aposentado
Márlon Reis, autor da Lei da Ficha Limpa,
criticou a decisão do ministro.
"Este é o mais duro ataque que a Lei da Ficha Limpa já sofreu [...] Além de ser o maior de todos os ataques, nós entendemos que, do ponto de vista da segurança jurídica, a decisão é insustentável", disse Márlon Reis.
