Bolsonaro e Rodrigo Pacheco, durante entrega da Medida Provisória de capitalização da Eletrobras, em 23 de fevereiro [fotografo]Alan Santos/PR[/fotografo]
O presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (DEM-MG), relativizou o papel do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia de covid-19, que já matou
mais de 255 mil brasileiros. Em entrevista ao jornal
O Estado de S. Paulo, Pacheco disse que as ações do governo federal durante a pandemia estão distantes das falas do presidente.
"Se implantou no Brasil a cultura do uso de máscara, higienização das mãos e pouco contato. As ações têm sido feitas", disse, colocando panos quentes na discussão: "Há ações concretas de enfrentamento com vigor. Vamos nos apegar a isso e valorizar mais que uma fala que aparenta ser negacionista."
Desde o início da crise sanitária Bolsonaro ecoa discursos negacionistas, criticando medidas de isolamento social e o uso de máscara, além de incentivar o uso de medicamentos sabidamente ineficazes contra o novo coronavírus.
Senadores pressionam o presidente da Casa a instalar uma CPI da covid-19 para apurar a atuação do governo federal na pandemia. Ao
Estadão, Pacheco deixou clara sua posição sobre a demanda e disse que instalar a comissão agora seria "contraproducente".
Eleito presidente do Senado com o apoio de Bolsonaro, o senador foi questionado sobre a atuação do chefe do executivo na pandemia. "Avalio a condução do chefe de um Poder Executivo que pratica erros e acertos, como em todos os outros países", disse.
Pacheco se encontrou na noite de domingo (28) com o presidente no Palácio da Alvorada, junto do ministro da Saúde, general
Eduardo Pazuello, o ministro da Economia
Paulo Guedes, o presidente da Câmara
Arthur Lira (PP-AL), além do ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Neto, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, general Luiz Eduardo Ramos.
Apesar da conversa estar fora da agenda, não foi possível dizer que a conversa gerou alguma ação concreta entre todas as partes. "Reafirmei que é preciso mantermos o foco no atendimento aos doentes, na vacina e no auxílio. Nada é mais importante",
escreveu Pacheco em seu Twitter.
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