O senador Marcos Rogério (DEM-RO) em pronunciamento no plenário [fotografo]Waldemir Barretos/Agência Senado[/fotografo]
O anúncio na semana passada de acordo para
Renan Calheiros (MDB-AL) ser o relator da CPI da Covid provocou reações entre senadores membros da comissão e que refutam a definição. O senador
Marcos Rogério (DEM-RO), um dos nomes do agrado do governo para assumir a relatoria ou a presidência, questionou a possibilidade de o emedebista relatar os trabalhos.
"Eu não gostaria de ver o
Flávio Bolsonaro relatando a CPI. Agora, do mesmo jeito que eu acho que não é ideal o filho do presidente ser relator, o filho ou o pai de algum possível investigado, ainda que indiretamente, não é adequado", afirmou ele ao
Congresso em Foco.
O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Premium, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, entre em contato com [email protected].
Renan Filho, filho do senador, é governador de Alagoas. A comissão vai apurar eventuais irregularidades no repasse de recursos federais a estados. O senador
Jader Barbalho (MDB-PA), suplente da CPI, é pai do governador do Pará, Helder Barbalho.
"Lado político todo mundo tem. Agora, vínculo sanguíneo é algo que acho que vai um pouco além disso", afirmou Marcos Rogério.
O senador disse ter conversado com
Omar Aziz (PSD-AM), cotado para presidir a comissão, e se colocado à disposição para assumir um dos cargos de comando.
Com taxa de 92% de governismo de acordo com o
Radar do Congresso, Marcos argumenta que o fato de ser aliado do governo não tira sua independência para apurar os fatos. O parlamentara firmou que o poder da CPI está na força das decisões colegiadas. "Não existe poder de um julgador só", finalizou. A previsão é de que a comissão seja instalada na quinta-feira (22).
