O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), substituiu placa que normalmente traria seu nome por uma mostrando o número de vítimas da covid até aquele dia [fotografo] Jefferson Rudy/Agência Senado [/fotografo]
O relator da CPI da Covid,
Renan Calheiros (MDB-AL), pediu nesta sexta-feira (14) ao ministro Ricardo Lewandowski que negue
habeas corpus ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. O
Congresso em Foco apurou que o ministro deve decidir nesta tarde sobre o recurso.
Em ofício ao relator do recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), o senador argumenta que Pazuello comandou a pasta em dez dos quinze meses de pandemia e é peça chave para as investigações da comissão.
O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Premium, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, entre em contato com [email protected].
O recurso ao STF, apresentado nesta quinta-feira (13) pela Advocacia Geral da União (AGU), pede que Pazuello seja autorizado a ficar em silêncio no depoimento à comissão previsto para a próxima quarta-feira (19). Convocado como testemunha, ele tem a obrigação legal de responder às perguntas e de dizer a verdade.
A Lewandowski, o senador afirma que, ao acionar o Judiciário, Pazuello parece tentar "proteger possíveis infratores, cujos nomes poderiam surgir de seu depoimento" e que, desde o início, o ex-ministro da Saúde demonstra querer dificultar o andamento da CPI.
"Negar-se a responder à CPI equivale a esconder do povo informações cruciais para compreender o momento histórico, responsabilizar quem tenha cometido irregularidades e evitar que se repitam os erros que levaram à morte de quase meio milhão de brasileiros inocentes, até agora", conclui Renan.
