Segundo os parlamentares, o edital é o mais caro já estabelecido pelo governo para contrato na área de comunicação [fotografo] Reprodução / TCU [/fotografo].
O senador
Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e a deputada
Tabata Amaral (PSB-SP) protocolaram uma representação no
Tribunal de Contas da União solicitando a suspensão de um edital de licitação para contratar um aparato de relações públicas. encarregado de promover a imagem do presidente
Jair Bolsonaro no exterior ao lidar com questões ambientais. Na representação, os parlamentares destacam o valor contrato a ser aberto
Governo Federal que chega aos R$60 milhões.
Além de considerar o gasto exagerado, os parlamentares alertam para a tentativa do governo em utilizar o aparato contratado para maquiar informações que comprometam a imagem da atual gestão. "No briefing em que se elencam os objetivos da nova assessoria, as estatísticas reunidas pelo Governo criam um quadro artificial e mentiroso de redução do desmatamento da Amazônia e de queimada sob a atual gestão,dados esses frontalmente contrários aos indicadores apurados nos últimos anos por diversos institutos de pesquisa, ONGs e cientistas especializados em meio ambiente", argumentam na representação.
Os parlamentares também acionaram a Justiça Federal para abrir ação contra Ivancir Gonçalves da Rocha, coordenador-geral de recursos logísticos do
Ministério das Comunicações e signatário do edital. Para eles, a contratação de empresas para ocultar dados oficiais configura "repugnante atentado à moralidade administrativa".
Confira a seguir a íntegra das representações:
> Justiça retoma investigações sobre facada em Bolsonaro
> Relator prepara votação do PL das Fake News para novembro