Damares é pré-candidata ao Senado pelo Amapá. Foto: Lucas Neiva
A ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos,
Damares Alves, se filiou na noite desta segunda-feira (28) ao Republicanos. Em seu discurso de filiação, reafirmou a defesa de pautas conservadoras em diversos momentos, evocando o lema bolsonarista "Deus, pátria, família e liberdade". Com a entrada na legenda, a ministra planeja dar início a sua candidatura para uma vaga no Senado pelo Amapá. A filiação foi realizada no Centro Internacional de Convenções de Brasília (CICB).
A ministra se referiu à
base de apoio do presidente Jair Bolsonaro como uma "onda verde e amarela" acima dos partidos, e alegou que "nosso presidente da República sabe que esta onda está crescendo", e usou a deixa para reafirmar a oposição ao aborto, afirmando que "nós queremos uma nação conservadora, que defende a vida desde a concepção".
Diversos dos convidados para a cerimônia de filiação compareceram vestindo camisetas com lemas bolsonaristas e cartazes destacando a figura do presidente Jair Bolsonaro.
Damares procurou exaltar a presença bolsonarista no evento. "Talvez alguns aqui olhem para o auditório e consigam ver apenas militantes, autoridades e filiados. Eu olho para esse auditório e vejo um exército", declarou. A primeira-dama, Michele Bolsonaro, presenciou o discurso na primeira fila.
Também esteve presente o ministro da infraestrutura,
Tarcísio de Freitas, que se filiou ao Republicanos para concorrer ao governo do estado de São Paulo. S
ua candidatura foi anunciada por Jair Bolsonaro em diversas de suas transmissões semanais. O ministro já procurou exaltar os projetos do governo Bolsonaro em seu discurso.
"Não tem como não termos otimismo com o nosso Brasil. Vejam o que aconteceu nos últimos anos. Enfrentamos as crises mais graves que poderíamos enfrentar", declarou listando a pandemia da Covid-19, a crise hídrica e a guerra na Ucrânia. "E vencemos, a despeito de várias previsões pessimistas realizadas", acrescentou.
Tarcísio acatou inclusive o discurso do presidente ao
comentar sobre a pandemia. "Enquanto as pessoas diziam que a Covid-19 seria mais uma tragédia nas comunidades indígenas, não foi. Mais uma previsão apocalíptica que foi desfeita". O impacto da doença sobre as comunidades indígenas foi um dos pontos investigados na CPI da Covid-19, que pediu o indiciamento de Jair Bolsonaro por, entre outros motivos, não fornecer apoio às comunidades indígenas durante a pandemia.
O Republicanos foi também a legenda que recebeu recentemente o vice-presidente
Hamilton Mourão, presente na cerimônia. Diante de divergências com Bolsonaro, Mourão foi
descartado da possibilidade de concorrer novamente como vice-presidente e possui previsão de se candidatar ao Senado pelo Rio Grande do Sul.