Pré-candidato à presidência da República, Lula (PT) afirma que a ex-presidente Dilma Rousseff "pode ajudar de forma extraordinária", mas descarta um cargo no governo. Foto: Ricardo Stuckert
O ex-presidente Lula (PT), pré-candidato à Presidência da República, negou a possibilidade de colocar a ex-presidente
Dilma Rousseff em um cargo no governo. Em entrevista à rádio Rede T, do Paraná, o ex-presidente afirmou que não se sentira à vontade para "mandar" em outro ex-presidente.
"A Dilma pode ajudar de forma extraordinária porque ela tem uma experiência extraordinária. Agora, eu não me sinto à vontade de mandar na Dilma, de dar bronca na Dilma, de obrigar ela a fazer alguma coisa", afirmou o pré-candidato.
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Segundo o Lula, chamar um ex-presidente para ser ministro "não dá certo", pois irá "tornar ele uma figura inferior a você na escala de autoridade".
Durante as duas gestões do ex-presidente, Dilma ocupou o cargo de ministra de Minas e Energias e da Casa Civil. Em 2016, quando já estava no segundo mandato, Dilma chegou a
convidar Lula para ocupar o cargo de ministro da Casa Civil, mas a
divulgação de conversas entre os dois, após a revogação do sigilo telefônico do ex-presidente pelo então juiz
Sergio Moro, frustraram os planos.
Lula relembrou do caso durante a entrevista. "Eu fui convidado em uma situação delicada. A Dilma sabe que eu aceitei muito contra a minha vontade porque eu achava que não iria dar certo", ressaltou.
Durante a conversa, o presidenciável anunciou que formalizará, na próxima sexta-feira (8),
a chapa com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB).