Oposição reúne assinaturas necessárias para CPI do MEC
Randolfe Rodrigues confirmou ter conseguido as 27 assinaturas necessárias para instalar uma CPI que apure as denúncias de corrupção no MEC.
Congresso em Foco
23/06/2022 | Atualizado às 16h11
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Senador Randolfe Rodrigues propôs CPI para investigar as denúncias de propina articulada pelos pastores evangélicos no Ministério da Educação. Foto: Edilson Rodrigues/Ag. Senado
O líder da oposição do Senado,Randolfe Rodrigues (Rede-AP), anunciou, nesta quinta-feira (23), ter atingido as 27 assinaturas necessárias para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) voltada a apurar o suposto esquema de corrupção no Ministério da Educação durante a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro. A instauração do colegiado, no entanto, depende de aval do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Veja o anúncio:A expectativa é de que o pedido seja protocolado junto à mesa diretora do Senado até a próxima terça-feira. Isso porque Randolfe aguarda o apoio de pelo menos mais dois parlamentares: Marcelo Castro (MDB-PI) e Otto Alencar (PSD-BA)."A comissão parlamentar de inquérito [CPI] é direito constitucional de minoria. Pela constituição, existe apenas três critérios para que ela venha ser instalada: número certo, fato determinado e tempo para funcionamento. Estes três critérios estão no requerimento de instalação da comissão parlamentar de inquérito", disse o senador. A pressão por uma CPI do MEC voltou à tona após aprisão de Ribeiro na última quarta (22). A Justiça Federal mandou nesta quinta soltar o ex-ministro e os pastores lobistas presos com ele. O colegiado terá 11 senadores titulares e 11 suplentes. Segundo Randolfe, devido à proximidade com ao período de recesso parlamentar, a CPI, se aprovada por Pacheco, deverá ser instalada apenas em agosto.
Randolfe também afirmou que avalia deixar a coordenação da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em razão da instalação da CPI. Segundo ele, é "incompatível" compor as duas frentes.
"Eu avalio, sinceramente, deixar a campanha do ex-presidente Lula. Será incompatível acumular as duas funções, e esta é uma escolha futura que terei que fazer. Acho totalmente incompatível", disse.
A possibilidade de uma comissão para apurar as denúncias na pasta surgiu em março, mas, à época, os parlamentares não conseguiram reunir asassinaturas necessárias para protocolar o pedido à mesa diretora do Senado. Veja a lista de assinatura: