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Economia
Congresso em Foco
28/4/2025 14:09
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (28), em São Paulo, que o Brasil está prestes a "viver uma situação nova" com a implementação da reforma tributária.. De acordo com o ministro, o governo já está desenvolvendo um sistema que deverá ser lançado no dia 1º de janeiro do próximo ano, com o objetivo de facilitar e simplificar o processo de tributação no país. "Acredito que estamos prontos para não apenas realizar um salto legislativo. Creio que daremos um salto em TI [tecnologia da informação] no Brasil, algo que poucos países têm a capacidade de realizar."
"Se há algo que me traz otimismo, é essa reforma. Ela é muito mais abrangente do que se pode imaginar e aborda questões fundamentais para o aumento da produtividade da economia brasileira. A partir dessa reforma, a competição não será mais entre as empresas que possuem o melhor planejamento tributário, mas sim entre aquelas que são mais produtivas", declarou.
"Estou convencido de que veremos essa transformação no sistema tributário. Tudo será digital, não haverá papel. Você poderá acompanhar tudo online, saberá em tempo real o que está acontecendo, incluindo estimativas de projeção e crescimento que estarão disponíveis no computador. Isso proporcionará capacidade de planejamento tanto para o Estado quanto para as empresas."
Com essas mudanças, defendeu o ministro, a guerra fiscal no país será eliminada. "O Brasil, que sempre enfrentou dificuldades nessa área, poderá dar um salto de qualidade", afirmou. "Acredito realmente que o Brasil vai viver uma nova realidade."
Na manhã de hoje, o ministro participou do evento J. Safra Macro Day, em São Paulo. Durante o evento, ele anunciou que viajará para a Califórnia na próxima sexta-feira (2) para apresentar o plano nacional de data centers, uma política que ele acredita que impulsionará significativamente os investimentos no país.
"Desejamos iniciar a divulgação do marco regulatório do Plano Nacional de Data Center. Atualmente, somos deficitários na balança de serviços. Contratamos 60% da nossa TI fora do país, o que não apenas resulta em remessas de dólares para o exterior, mas também em subinvestimento no Brasil. Estou convencido de que a implementação dessa política melhorará consideravelmente os investimentos", acrescentou.
Em relação às turbulências internacionais, o ministro também comentou que o Brasil possui potencial para crescer neste ano, apesar das instabilidades globais. "Estamos diante de um cenário em que o Brasil tem tudo para se desenvolver, mesmo com as turbulências geopolíticas que estão ocorrendo e que, em minha opinião, serão resolvidas ainda este ano. Acredito que, independentemente do cenário externo, se cumprirmos com este programa [econômico atual], conseguiremos um desenvolvimento sustentável", afirmou.
Para o ministro, é necessário manter "prudência" ao avaliar os possíveis impactos da política de taxação do governo dos Estados Unidos. "O grau de incerteza sobre o desfecho dessa turbulência ainda é elevado. Precisamos aguardar um pouco. Quando a incerteza é tão grande, é preciso ter cautela, embora as negociações estejam em andamento."
Segundo ele, a situação de incerteza econômica global complica o planejamento do governo, mas ressaltou que a habilidade diplomática do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um ativo valioso para o país. "O presidente possui grande autoridade junto aos BRICs e ao G20, além de manter um bom diálogo com líderes europeus. Felizmente, temos uma pessoa na Presidência da República que é um ativo para o país em termos de diplomacia. O presidente é alguém que não fecha portas e que não permitirá que as portas se fechem para nós, pois compreende o papel do Brasil no cenário global."
Nesse contexto, o ministro destacou que o Brasil tem mantido abertos os canais comerciais com os três principais blocos mundiais - Estados Unidos, China e Europa - sem negligenciar o multilateralismo. "Desde 2023, temos nos reunido não apenas com esses três blocos, mas também com diversos chefes de Estado, buscando fortalecer o multilateralismo", afirmou. "O Brasil é uma economia grande demais para ser satélite de outra", enfatizou.
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