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JUSTIÇA
Congresso em Foco
22/4/2025 8:47
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta terça-feira (22) o julgamento de seis acusados de integrar o "núcleo 2" da denúncia de uma tentativa de golpe, segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). A Corte reservou três sessões - duas na terça, de manhã e de tarde, e uma na manhã de quarta-feira (23) - para avaliar se aceita a denúncia e torna os denunciados réus.
O Supremo já decidiu tornar réus o presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados, considerados como o núcleo central do suposto esquema de tentativa de golpe. Agora, a Primeira Turma se debruça sobre outros seis nomes considerados pela PGR como pessoas em cargos relevantes que teriam cumprido funções de gerenciamento dentro do esquema golpista.
Os seis denunciados que vão ao julgamento hoje são acusados dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado. Saiba abaixo quem são.
Fernando de Sousa Oliveira
Delegado da Polícia Federal (PF). Foi secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. É acusado pela PGR de integrar um grupo em aplicativo de mensagens que teria elaborado dados a respeito de municípios onde o atual presidente Lula tinha vantagem nas eleições de 2022. Isso, segundo a denúncia, serviu como sustentação para a operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que bloqueou estradas que impedissem o trânsito de eleitores para cidades mais propensas a votar no petista no segundo turno.
Também é acusado de omissão a respeito do planejamento dos ataques do 8 de janeiro, em Brasília, quando trabalhava na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
Marcelo Câmara
Coronel da reserva. Foi assessor especial da Presidência da República durante o governo Bolsonaro.
Segundo a PGR, participou de ações de "monitoramento e neutralização de autoridades públicas". A denúncia detalha que Marcelo teria acompanhado a agenda e os deslocamentos do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Filipe Martins
Assessor especial de Assuntos Internacionais no governo Bolsonaro. Costuma ser associado à atuação do suposto "gabinete do ódio".
A denúncia afirma que Filipe ajudou a elaborar a minuta do golpe, decreto que serviria para oficializar a ruptura democrática. A PGR diz que Martins teve uma reunião com Bolsonaro em novembro de 2022 para tratar do assunto.
Marília Ferreira de Alencar
Foi diretora de Inteligência do Ministério da Justiça durante o governo Bolsonaro, quando a pasta era chefiada pelo ministro Anderson Torres. Depois, em 2022, trabalhou com ele na Secretaria de Segurança Pública do DF.
Também integrou o grupo que coletou dados eleitorais para sustentar as operações da PRF no segundo turno das eleições, segundo a denúncia da PGR. É ainda acusada de omissão em relação aos atos de 8 de janeiro, quando estava na secretaria distrital de Segurança Pública.
Mário Fernandes
General da reserva e ex-comandante das Forças Especiais, conhecidos como kids pretos. Durante o governo Bolsonaro, foi o número dois da Secretaria Geral da Presidência, chefiada na época pelo general Luiz Eduardo Ramos.
É acusado de coordenar as operações de monitoramento da agenda de autoridades públicas no âmbito do plano "Punhal Verde e Amarelo", que culminaria em uma operação envolvendo o assassinato do presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. O plano, segundo a investigação, foi impresso no Palácio do Planalto.
Silvinei Vasques
Ex-diretor-geral da PRF durante o governo Bolsonaro. Hoje, é secretário de Desenvolvimento Econômico no município de São José (SC).
Silvinei comandava a Polícia Rodoviária Federal durante as eleições de 2022 e, segundo a PGR, operacionalizou a força policial para colocar em prática o esquema de bloqueio de estradas para impedir o trânsito de pessoas que votariam em Lula no segundo turno. A operação, que buscava manter Jair Bolsonaro no poder de forma ilegítima, foi combinada em reunião com o então ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres, de acordo com a investigação.
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