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Armamento
Congresso em Foco
13/4/2025 11:00
O Senado Federal examina uma série de projetos de lei que visam ampliar as possibilidades de porte de arma de fogo no Brasil. Recentemente, comissões do Senado aprovaram quatro projetos de lei distintos.
O primeiro autoriza o porte para fiscais da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e de órgãos ambientais estaduais, distritais e municipais integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).
A autorização, de acordo com o PL 2.326/2022, dependerá da comprovação de aptidão técnica e psicológica. A proposta, originada na Comissão Temporária Externa que investigou a criminalidade na Região Norte, teve emenda apresentada pelo senador Jorge Seif (PL-SC) e relatada pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES) na Comissão de Meio Ambiente (CMA). O projeto seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Outro projeto aprovado (PL 2.734/2021) autoriza o porte de arma de fogo para advogados, para defesa pessoal. De autoria do senador Flávio Bolsonaro (PL-SP), presidente da Comissão de Segurança Pública (CSP), o projeto teve como relator o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e também seguirá para a CCJ.
"A previsão do porte de arma de fogo para advogados, além de assegurar um eficiente meio para a proteção pessoal deles, equipara-os aos membros do Judiciário e do Ministério Público, categorias que já possuem essa prerrogativa", afirmou Alessandro Vieira.
Um terceiro projeto (PL 3.272/2024) autoriza o porte temporário de arma para mulheres maiores de 18 anos sob medida protetiva de urgência, considerando que a regra geral exige idade mínima de 25 anos. A proposta, de autoria da ex-senadora Rosana Martinelli (MT), foi aprovada na Comissão de Direitos Humanos (CDH) e relatada pelo senador Magno Malta (PL-ES).
O senador destacou o aumento do número de feminicídios, citando dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, que apontam mais de 540 mil medidas protetivas de urgência concedidas em 2023 e mais de 848 mil chamadas relacionadas à violência doméstica para o Disque 190. Apesar disso, 1.448 mulheres foram vítimas de feminicídio em 2023 e 1.459 em 2024. A matéria será analisada pela CSP.
Por fim, a CDH também aprovou o projeto de decreto legislativo (PDL 384/2024) que restabelece a autorização para porte e uso de armas em unidades socioeducativas, suspendendo os efeitos de uma resolução de 2024 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Proposto pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), presidente da CDH, e relatado pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), o projeto seguirá para a CCJ.
O Atlas da Violência 2024, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, registrou 32.091 homicídios por armas de fogo em 2019, 35.828 em 2020, 35.070 em 2021 e 33.580 em 2022.
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